Após o Tribunal de Contas da União (TCU) indicar que a gestão do patrimônio imobiliário federal gerido pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU) é ineficiente, um levantamento aponta que a Bahia possui pelo menos 58 imóveis vagos e outros 34 invadidos. Ao todo, 41 municípios baianos são listados com imóveis vazios sob gestão da SPU. São eles:
– Aiquara
– Alagoinhas
– Barra
– Barra do Rocha
– Belmonte
– Bom Jesus da Lapa
– Bonito
– Cairu
– Camacan
– Esplanada
– Eunápolis
– Feira de Santana
– Gandu
– Ibicaraí
– Ibirapitanga
– Ibotirama
– Ilhéus
– Ipiaú
– Itaberaba
– Itabuna
– Itajuípe
– Itapebi
– Juazeiro
– Madre de Deus
– Maraú
– Medeiros Neto
– Milagres
– Porto Seguro
– Salvador
– Santa Luzia
– Santa Rita de Cássia
– Santo Amaro
– Santo Antônio de Jeus
– Serrinha
– Simões Filho
– Teixeira de Freitas
– Ubaíra
– Ubatã
– Valença
– Vitória da Conquista
Na Bahia, a cidade com maior número de imóveis vagos é Salvador, com nove registros. Eles estão espalhados nos bairros de Água de Meninos, Conceição da Praia, Pernambués, CAB, Santo Antônio e na região da Paralela. A capital baiana é seguida por Milagres (4), Belmonte (3) e Ilhéus (3).
No caso dos locais invadidos, Salvador também lidera com 13 ocorrências. Há registros de imóveis nos bairros de Paripe, Cabula, Pernambués, Stiep, Horto Florestal, Campo Grande, Monte Serrat e Caminho de Areia.
O diagnóstico do TCU sobre o patrimônio federal foi divulgado em fevereiro. Com base nisso, os dados sobre os imóveis da União foram solicitados pela Fiquem Sabendo, organização sem fins lucrativos especializada em transparência pública, junto ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Ao todo, no primeiro bimestre de 2024, havia 400 imóveis invadidos e outros 2,5 mil imóveis vagos em todo o país.
O QUE DIZ O TCU
O TCU realizou, sob a relatoria do ministro Jhonatan de Jesus, levantamento do patrimônio imobiliário federal gerido pela SPU e da estrutura organizacional da secretaria. A SPU tem, sob sua gestão, de cerca de 742 mil imóveis, avaliados em, aproximadamente, R$ 1,35 trilhão.
O sistema de informações desenvolvido pela SPU, criado em 2015, tem apenas três módulos prontos de dez previstos. “A gestão é realizada de forma ineficiente. As ações para mitigar esses riscos associados à administração desses ativos têm potencial de gerar ganhos significativos à União e de preservar o patrimônio de forma sustentável”, explicou o ministro-relator.
O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou que, apesar de gerir elevado volume de recursos, a estrutura do órgão não é robusta o suficiente para viabilizar a boa gestão do patrimônio imobiliário federal.
Outro ponto do relatório são as deficiências dos sistemas de informação da SPU. Em 2015, a secretaria iniciou o desenvolvimento da plataforma SPUNet, criada para mitigar riscos associados à falta de inovação tecnológica e à baixa qualidade dos dados. Porém, até 2023 apenas três dos dez módulos previstos estavam em produção.