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Ressurgimento global de doenças marcou o ano de 2024, aponta relatório

O ano de 2024 foi marcado por temperaturas recordes. Mas um outro efeito das mudanças climáticas, e que vai além do calor, foi identificado: o ressurgimento de algumas doenças infecciosas, o que deixa as autoridades em alerta.

A conclusão faz parte de um estudo realizado pela Airfinity Ltd., empresa especializada em monitorar e prever tendências de doenças e saúde pública. A análise se baseou em dados de 128 fontes de 206 países.

Calor e queda nas taxas de imunização potencializam o problema

  • Segundo o trabalho, as mudanças nos padrões climáticos contribuíram para o aumento de doenças, algumas das quais causadas por vírus, bactérias e parasitas transmitidos por vetores, incluindo mosquitos e carrapatos.
  • O aumento das temperaturas cria condições favoráveis para a proliferação de diversos destes vetores, possibilitando que eles alcancem novas regiões e transmitam doenças para mais pessoas.
  • Ao mesmo tempo, foi verificada uma queda importante nas taxas de imunização após a pandemia de Covid-19, bem como o surgimento de novas cepas que contribuíram para a disseminação mais ampla de enfermidades.
  • Em função disso, os pesquisadores apelam para que as autoridades globais invistam em medidas para frear as mudanças climáticas.
  • Também afirmam que é necessário promover a inovação para lidar com doenças, promovendo o compartilhamento global de dados para uma resposta coordenada de saúde pública global contra novas ameaças sanitárias.
  • As informações são do Medical Xpress.
dengue
A dengue foi uma das doenças que mais preocupou as autoridades em 2024 (Imagem: Tacio Philip Sansonovski/Shutterstock)

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Doenças que poderiam estar controladas mataram milhares de pessoas em 2024

Segundo relatório da Airfinity Ltd., a dengue apresenta uma das situações mais preocupantes. Em dezembro, o mundo chegou a mais de 13 milhões de casos, o dobro do registrado no ano passado. As infecções quase triplicaram na América Central e do Sul e mataram quase 10 mil pessoas em todo o mundo em 2024.

Os casos de coqueluche também tiveram crescimento expressivo: de quase 10 vezes em comparação com 2023. Outra preocupação é a gripe aviária, causada pelo vírus H5N1, que apenas nos EUA já teve 61 diagnósticos confirmados em seres humanos.

Tubo com sangue e adesivo escrito "mpox"
Mpox virou emergência mundial neste ano (Imagem: QINQIE99/Shutterstock)

Em Ruanda, na África, autoridades identificaram um surto do vírus Marburg, doença que pode causar febre hemorrágica grave e potencialmente fatal. No mesmo continente, mas na República Democrática do Congo, centenas de pessoas morreram em função da mpox, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a classificar o cenário como emergência global.

O declínio global nas taxas de imunização ainda possibilitou o retorno do sarampo, que teve um salto de 380% apenas nos EUA e de 147% na Europa. Por fim, a poliomielite voltou a ser identificada em países como Afeganistão e Paquistão.

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