Aos 22 anos, Neymar carrega o peso de ser a maior esperança da seleção brasileira na Copa do Mundo em casa, no momento em que tem papel secundário no futebol espanhol e, pela primeira vez na carreira, é atormentado por contusões.
O atacante do Barcelona é a grande aposta dos torcedores do país para a conquista do sexto título mundial a partir de 12 de junho. Talentoso e bom finalizador, ele é o jogador que pode desequilibrar em favor do Brasil, como fez na conquista da Copa das Confederações de 2013, ao ser eleito o melhor do torneio.
Há quase um ano, Neymar trocou o protagonismo que tinha no Santos para ser companheiro de Lionel Messi, Xavi e Iniesta no Barcelona. Depois de um início muito bom na temporada europeia, ele sofreu em janeiro uma lesão muscular que o deixou afastado do time por quase um mês.
De volta aos campos, o atacante alternou boas partidas com jogadas nem sempre proveitosas e algumas vezes foi deixado no banco de reservas.
Neymar, no entanto, esteve nos principais jogos do Barcelona, que vive uma temporada infeliz. O time foi eliminado da Liga dos Campeões pelo Atlético de Madri nas quartas de final, perdeu a decisão da Copa do Rei para o Real Madrid e está três pontos atrás do Atlético a duas rodadas do fim do Campeonato Espanhol.
Mesmo com a má fase de seu clube, o brasileiro foi elogiado pelas atuações aguerridas nessas partidas, ao contrário de Messi, mas sofreu nova contusão na final da Copa do Rei, no mês passado: ele tem um edema no quarto metatarso do pé esquerdo e ainda não voltou a jogar.
Diferentemente dos momentos conturbados que vive no Barça, na seleção Neymar é o destaque e parece jogar mais à vontade.
“Tem uma diferença muito grande entre o Neymar que joga na Espanha e o Neymar que vai jogar no país: com o Barcelona ele é um complemento, ele é apenas um participante, e na seleção ele é o melhor de todos e isso influi muito na sua capacidade, na sua autoconfiança”, disse o campeão mundial de 1970 Clodoaldo, que acompanhou a carreira do atacante no Santos.
Por | Reuters