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Por que o flúor é adicionado na água e como isso impacta nossa saúde?

A adição de flúor na água potável é um processo que se chama fluoretação, e é obrigatório em todo o território brasileiro desde os anos 1970. A medida foi determinada para auxiliar a saúde bucal da população, como maneira preventiva de cáries.

A ação reduz em até 65% a ocorrência de cárie, uma vez que as pessoas sejam expostas à substância desde o nascimento, e por pelo menos uma década. Tendo eficácia comprovada cientificamente, é segura para as pessoas e econômica para o governo, de acordo com um levantamento da Fundação Nacional da Saúde.

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As cáries já foram uma questão grave no Brasil e, para evitá-las, foram desenvolvidas ferramentas que utilizam o flúor, como creme dentais e outros produtos odontológicos, que complementam a adição da substância na água. Confira na matéria abaixo tudo sobre a fluoretação e como ela impacta a nossa saúde.

pasta de dente
Imagem: Studioimagen73 / Shutterstock

Por que o flúor é adicionado na água e como isso impacta nossa saúde?

O Flúor (F) é um elemento químico que costuma ser encontrado na forma de gás, em condições normais. É muito eletronegativo, reagindo com facilidade a outros elementos. Na natureza, é encontrado em forma de mineral, como a Fluorita, ou em soluções aquosas, como o íon Fluoreto.

O Fluoreto existe em águas subterrâneas e superficiais, podendo variar sua concentração devido a condições físicas, químicas e geológicas do local.

Como nem todas as pessoas têm acesso aos produtos de higiene bucal que contém flúor, a substância começou a ser adicionada nas águas de abastecimento das grandes cidades, o que fez os casos de cáries caírem em 65%, de acordo com a Funasa (Fundação Nacional de Saúde).

Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock

A primeira vez que o flúor foi adicionado na água para consumo humano foi em Baixo Guandu, no Espírito Santo, em outubro de 1953, pelo Serviço Especial de Saúde Pública, como era chamada a Funasa. Contudo, o Programa Nacional de Fluoretação passou a ser válido no ano de 1974, com a regulamentação da Lei Federal nº 6.050, que tornou a ação obrigatória em todo o país.

Hoje em dia, a fluoretação da água é uma das principais medidas de saúde pública que ajuda a controlar os problemas associados à proliferação de bactérias na boca, que formam placa, tártaro e cárie na cavidade oral.

Os micro-organismos se alimentam de restos de comida presos aos dentes e produzem um ácido que destrói a superfície dentária. Se o problema não for solucionado, as bactérias podem danificar a parte interna do dente, causando a perda total.

Imagem: New Africa/Shutterstock

Como o flúor evita os problemas bucais?

O componente começou a ser diluído na água potável de diversos países como o Brasil, pois ele atua no processo constante de mineralização e remineralização dos elementos dentários. O flúor é uma verdadeira arma poderosa contra a proliferação de bactérias na boca.

Além disso, o elemento químico também tem um efeito antienzimático, conseguindo diminuir a capacidade de reprodução bacteriana na região bucal do nosso organismo.

Uso do flúor pode ser prejudicial?

Apesar dos benefícios para a saúde, o uso excessivo de flúor pode fazer mal, causando fluorose. Essa é uma condição clínica que afeta os dentes e ossos: no primeiro, pode deixar manchas brancas e tornar o esmalte mais frágil, e no segundo, pode interromper seu desenvolvimento.

Além disso, outros efeitos adversos do excesso do flúor podem incluir: déficit cognitivo, citotoxicidade, hipotiroidismo, dislipidemias, alterações enzimáticas e eletrolíticas e cancro.

Para evitar problemas, desde 1996, o Guia de Controle da Qualidade da Água da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) recomenda o valor máximo de 1,5 mg de flúor por litro de água. O Ministério da Saúde Brasileiro estabeleceu a Portaria GM/MS 888/2021, com a determinação do mesmo valor recomendado pela OPAS para o limite de flúor na água.

água
Imagem: CK Foto/Shutterstock
Por que tem flúor na pasta de dente?

O flúor é adicionado no creme dental para ajudar a prevenir a formação de cáries, além de proteger os dentes da decomposição. O componente também auxilia no endurecimento do esmalte dos dentes, repõe os minerais e diminui o metabolismo bacteriano.

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