A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, disse nesta terça-feira (14/1) que a realização de uma possível segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) só será anunciada quando o processo da primeira edição for finalizado.
Nesta terça, a pasta adiantou o calendário do certame, antecipando a divulgação das notas finais de 11 para 4 de fevereiro. As provas foram aplicadas em agosto do ano passado.
Sobre uma segunda edição, a ministra respondeu: “Eu sei que essa é a pergunta que todo mundo quer saber, mas só vamos divulgar [informações sobre eventual segunda edição] quando terminar esse. A gente tem muito interesse, sim, em realizar um novo. Teve muito interesse. Não só nossas equipes, mas Enap e Ipea acompanharam processo”.
“Na minha visão, tendência é que CNU acontecerá”, completou Dweck. Segundo ela, detalhes sobre vagas, datas e a confirmação efetiva só serão divulgados depois do dia 4 de fevereiro.
CNU, o “Enem dos Concursos”
Inspirado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o CNU ofertou 6.640 vagas, distribuídas em 21 órgãos da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
As vagas foram divididas em oito blocos temáticos:
- Bloco 1 – Administração e Finanças Públicas (744 vagas)
- Bloco 2 – Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação (580 vagas)
- Bloco 3 – Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário (538 vagas)
- Bloco 4 – Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (971 vagas)
- Bloco 5 – Políticas Sociais, Justiça e Saúde (1.008 vagas)
- Bloco 6 – Trabalho e Previdência (370 vagas)
- Bloco 7 – Dados, Tecnologia e Informação (1.737 vagas)
- Bloco 8 – Nível Intermediário (692 vagas)
Inicialmente, a primeira edição do CNU seria aplicada em 5 de maio. Mas, às vésperas das provas, em 3 de maio, o governo federal anunciou o adiamento do concurso unificado em todo o Brasil devido ao estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul.
As provas do “Enem dos Concursos” foram aplicadas em dois turnos (manhã e tarde) em 228 municípios no dia 18 de agosto. Cerca de 970 mil candidatos fizeram o exame. Com isso, o CNU tornou-se o maior concurso da história do país.
A taxa de abstenção do Concurso Unificado foi de 54,12%, de acordo com o MGI.
Sob organização da Fundação Cesgranrio, a aplicação do exame foi dividida em:
- Provas objetivas, com matriz comum a todos os candidatos; e
- Provas específicas e dissertativas, por blocos temáticos.