As forças de segurança deram um duro golpe no tráfico de drogas ao interceptar uma vultuosa quantidade de entorpecentes em duas ações realizadas na noite de sexta-feira (07), desestabilizando o crime organizado no Extremo Sul da Bahia.
Na primeira abordagem, guarnições do PETO apreenderam 15,285 kg de maconha (22 tabletes) na rodovia BA-290, que liga os municípios de Prado e Alcobaça. O entorpecente havia sido retirado em Itamaraju e seria distribuído no litoral de Alcobaça e Caravelas. O casal transportando a carga ilícita, Elder Moreau Soares (48), o “Ralado”, e Lucimar Cruz (49), foi detido em flagrante. O nervosismo de Lucimar despertou a atenção dos policiais, que rapidamente identificaram a ilegalidade.
Na segunda operação, também conduzida pelo PETO, as equipes localizaram um imóvel no bairro Liberdade, onde estavam armazenados 14,2 kg de maconha, 880g de cocaína e duas armas de Airsoft, suspeitas de serem utilizadas para assaltos. Três suspeitos fugiram antes da abordagem, deixando para trás apenas uma adolescente de 17 anos, reforçando um padrão alarmante: o aliciamento de jovens pelo crime.
O envolvimento de menores no tráfico reflete uma falha social e legal. A promessa de dinheiro fácil tem levado adolescentes a assumirem papéis de alto risco dentro das organizações criminosas. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei n.º 8.069/1990) garante direitos e estratégias de redução de danos para essa faixa etária. No entanto, cresce no Congresso Nacional o debate sobre a redução da maioridade penal, um projeto que pode redefinir o combate à criminalidade juvenil no Brasil.
Com o avanço da criminalidade e a fragilidade do sistema de proteção social, a pergunta que fica é: até quando nossos jovens serão recrutados pelo tráfico?