18 julho, 2025
sexta-feira, 18 julho, 2025

Buscas sobre “brutalismo” aumentam após sucesso do filme no Oscar 2025

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Vencedor de três categorias no Oscar – melhor ator, fotografia e trilha sonora original –, o filme O Brutalista trabalha o conceito da arquitetura por meio da linguagem cinematográfica.

A exploração da estética brutalista, que impacta tanto os telespectadores quanto o próprio espaço em que se insere, rendeu 10 indicações no grande prêmio do cinema e, além disso, fez o movimento artístico ganhar ainda mais visibilidade em todo o mundo.

No Brasil, em março deste ano, as buscas cresceram 114,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2024, foram 3.283 buscas pelo termo “brutalismo”. Já em 2025 foram 7.041, conforme pesquisa realizada pela agência Conversion.

O longa que despertou o interesse da sociedade acompanha a história de um arquiteto húngaro que chega aos Estados Unidos nos anos 1950.

No contexto pós-guerra, ele tenta criar livremente, mas encontra dificuldades para concretizar sua obra em um mundo que resiste às formas do brutalismo.

Mas o que é o movimento brutalista?

O brutalismo é um movimento arquitetônico que utiliza formas geométricas em dimensões imponentes e materiais brutos. As obras se destacam normalmente pelo concreto aparente e pela interação com o espaço urbano.

O termo é proveniente do francês “béton brut”, que significa justamente “concreto bruto”. A partir dessa ideia, popularizou-se também o uso de estruturas maciças e uma construção que preza mais pela funcionalidade do que pela estética.

O brutalismo, apesar de gerar opiniões controversas, ganhou força com o trabalho de jovens arquitetos que desafiavam o modernismo – movimento anterior que dominava a arquitetura no período entreguerras.

O brutalismo no Brasil e a relação com o design

 

Paulo Mendes da Rocha, João Vilanova Artigas e Lina Bo Bardi são nomes do movimento brutalista que ganharam destaque no mundo todo, a partir de suas obras realizadas no Brasil.

Fazem parte dos trabalhos destes arquitetos renomados o Sesc Pompeia (Bo Bardi), o Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (Mendes da Rocha) e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (Artigas).

Mas não é só nos grandes centros que o movimento ganha espaço. O estilo de concreto bruto também está presente no design e pode ser encontrado em ambientes internos, como casas.

As tendências de decoração contemporânea que incorporam o brutalismo aparecem em itens que deixam os materiais, comumente duráveis, à mostra, valorizando as características de cada matéria-prima.

O movimento pode, então, transformar os revestimentos, a mobília e os acabamentos da casa. Concreto bruto nas paredes e nos tetos, guarda-roupa e cômoda de madeira maciça, além de tubulações expostas, são alguns dos exemplos de como tornar o ambiente mais moderno.

Ao lado de obras de arte e peças de design que remetem às formas geométricas imponentes, pequenas inserções de materiais brutos fazem referência ao movimento artístico e à sua transgressão.

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