19 julho, 2025
sábado, 19 julho, 2025

Delator do PCC: 18 policiais são denunciados à Justiça Militar

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São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou 18 policiais militares (PMs) ao Tribunal de Justiça Militar do estado (TJMSP) por envolvimento no caso Gritzbach – delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), morto com 10 tiros de fuzil em 8 de novembro na área de desembarque do Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo.

A denúncia foi apresentada na última sexta (9/5). Caso seja aceita, os PMs se tornarão réus crimes previstos no Código Penal Militar.

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Antônio Vinícius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem com a namorada quando foi executado na tarde de 8 de novembro, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo

Câmera Record/Reprodução

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Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado

TV Band/Reprodução

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Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

Reprodução/TV Band

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O delator do PCC foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia

Reprodução/TV Band

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar integrantes do PCC, foi solto por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Divulgação

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto

Leonardo Amaro/ Metrópoles

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

Leonardo Amaro/ Metrópoles

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Delator do PCC foi morto no Aeroporto de Guarulhos

Reprodução

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

Reprodução

PMs e policiais civis indiciados

Em abril, a Corregedoria da PM indiciou 16 policiais por escolta ilegal e envolvimento no assassinato do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, jurado de morte pelo PCC por supostamente ter ordenado a execução de dois integrantes da facção em 2021.

E em fevereiro, a Polícia Federal (PF) indiciou 14 pessoas por envolvimento no caso, sendo cinco policiais civis, dentre eles o delegado Fábio Baena e o investigador Eduardo Monteiro, que atuava na 3ª Delegacia de Repressão a Homicídios Múltiplos do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Os dois foram presos no dia 17 de dezembro, como resultado da delação premiada de Gritzbach.

Réus na Justiça comum

Também em fevereiro deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) aceitou uma denúncia do MPSP e tornou réus 12 pessoas, entre elas, oito policiais civis, empresários e um advogado. São eles:

  • Ademir Pereira de Andrade: empresário suspeito de ser operador financeiro do PCC foi denunciado por por organização criminosa e extorsão;
  • Ahmed Hassan Saleh: conhecido como Mude, o advogado foi denunciado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas;
  • Eduardo Lopes Monteiro: investigador da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa, corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro;
  • Fabio Baena Martin: delegado da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
  • Marcelo Marques de Souza: conhecido como Bombom, o investigador da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
  • Marcelo Roberto Ruggieri: conhecido como Xará, o investigador da Polícia Civil foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
  • Robinson Granger de Moura: conhecido como Molly, o empresário foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
  • Rogerio de Almeida Felicio: conhecido como Rogerinho, o policial civil foi denunciado por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro;
  • Alberto Pereira Matheus Junior: delegado da Polícia Civil foi denunciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e corrupção passiva;
  • Danielle Bezerra dos Santos: esposa de Rogerinho e viúva de um gerente do PCC foi denunciada por organização criminosa e lavagem de dinheiro;
  • Valdenir Paulo de Almeida: conhecido como Xixo, o policial civil foi denunciado por organização criminosa e corrupção passiva;
  • Valmir Pinheiro: conhecido como Bolsonaro, o policial civil foi denunciado por organização criminosa.

Execução de Gritzbach

  • Vinícius Gritzbach foi executado no dia 8 de novembro no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, quando estava retornando de uma viagem que fez para Maceió, em Alagoas.
  • Enquanto o delator passava pela área de desembarque, um carro parou no local. Do veículo, desceram dois homens vestindo capuzes e coletes à prova de balas. Eles também portavam fuzis.
  • Assim que Gritzbach se aproximou, os dois começaram a atirar. Foram 29 disparos, dos quais 10 atingiram o delator, que morreu no local. Pelo menos um dos tiros acertou o rosto do empresário.
  • Além dele, um taxista também foi morto. Outras duas pessoas foram feridas pelos disparos.
  • Câmeras de segurança do aeroporto registraram o momento da execução.

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