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Um crime brutal expôs, mais uma vez, o avanço do poder paralelo das facções criminosas em Eunápolis. Na madrugada desta quarta-feira (14 de maio), o motorista de aplicativo e segurança de eventos, Weverton Antônio dos Santos, de apenas 29 anos, foi sequestrado, torturado, decapitado e esquartejado por integrantes de uma facção que atua na região.
O nível de crueldade no assassinato choca até mesmo os investigadores mais experientes. Além de ceifar a vida da vítima de forma bárbara, os próprios criminosos filmaram a execução e enviaram os vídeos para contatos salvos no celular de Weverton. As imagens macabras começaram a circular nas redes sociais durante a manhã, mas indícios apontam que o crime ocorreu ainda na madrugada.
Morador do bairro Alecrim II, Weverton foi visto pela última vez na tarde de terça-feira (13), após levar o enteado da escola para casa. Horas depois, o silêncio deu lugar ao horror: a morte anunciada em vídeo.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de mais uma sentença aplicada pelo temido “tribunal do crime”, prática em que facções promovem execuções extrajudiciais como forma de punição. A motivação ainda é investigada, mas há forte suspeita de que a vítima tenha sido acusada de “quebrar regras internas” impostas pelos criminosos.
Equipes policiais realizam diligências intensas na tentativa de identificar e prender os autores, além de localizar o corpo, possivelmente ocultado em matas ou cemitérios clandestinos, como tem sido recorrente em crimes similares.
A população de Eunápolis está atônita diante do avanço de práticas tão bárbaras, enquanto cresce o sentimento de insegurança, revolta e medo. O caso acende mais uma vez o alerta para a fragilidade da segurança pública e o poder crescente das facções que, sem freios, seguem impondo terror à sociedade.