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O que deveria ser um direito assegurado com segurança e dignidade tornou-se motivo de medo entre pais de alunos das comunidades indígenas no município de Prado, extremo sul da Bahia. Famílias registraram em vídeo a situação crítica dos veículos utilizados no transporte escolar, denunciando o que classificam como um descanso à vida de seus filhos.
Na última semana, um dos veículos usados para conduzir os estudantes chegou a soltar uma das rodas traseiras durante uma travessia. Apesar da gravidade do ocorrido, outros problemas mecânicos já vinham sendo relatados, escancarando o estado de abandono e negligência que atinge a frota destinada aos povos indígenas.
As imagens feitas pelos próprios pais são um grito de socorro. Elas mostram veículos velhos, mal conservados, com falhas evidentes de manutenção, alguns sequer oferecem o mínimo de segurança exigido por lei. A denúncia reforça uma realidade alarmante e infelizmente recorrente em diversos municípios: o transporte escolar precário como mais um obstáculo no acesso à educação.
Tentamos contato com a DIREC 09 (Diretoria Regional de Educação), órgão estadual responsável pela coordenação do transporte escolar indígena na região. Até o momento, não obtivemos resposta. O espaço permanece aberto para os devidos esclarecimentos.
Enquanto isso, a omissão do poder público e a fragilidade da infraestrutura mantêm crianças e adolescentes numa roleta russa diária sobre quatro rodas, num cenário que exige urgência, fiscalização e providências imediatas.
A pergunta que ecoa entre os moradores é clara: quantas tragédias serão necessárias para que algo seja feito?