Mistério, violência e suspeita cercam a morte do interno Aldeir Santos de Jesus, conhecido como “Bacuri”, ocorrida na noite de 26 de maio de 2025, dentro da cela de triagem do Centro de Prisão Temporária e Faseamento (CPTF) de Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia.
A informação chegou à Polícia Civil por meio da Coordenação Regional, após agentes penais encontrarem o corpo sem vida no final da noite. A cena foi prontamente isolada e periciada por equipes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e do Plantão Territorial.
A imagem registrada pela perícia é perturbadora: Aldeir estava parcialmente suspenso pela grade, com os pés ainda tocando o chão, e um pano branco amarrado em “Teresa” envolvia seu pescoço de forma oblíqua. O sulco no pescoço é característico de enforcamento indireto, mas os detalhes físicos no corpo levantam dúvidas: hematomas no olho esquerdo e escoriações na face sugerem que ele pode ter sido espancado antes da morte.
A estimativa inicial dos peritos aponta que o óbito ocorreu pelo menos cinco horas antes da descoberta, mas o enigma permanece: foi suicídio ou homicídio? Nenhuma hipótese foi descartada até o momento.
Na cela onde o corpo foi encontrado, havia quatro outros detentos: Clebio Pinheiro dos Santos, Rafael Almeida Schettini, Vitor Spindola Souza Franco e Renato Alves da Costa. Eles devem ser ouvidos nos próximos dias, e podem ajudar a lançar luz sobre os momentos que antecederam a morte de Bacuri.
O caso está nas mãos do Núcleo de Homicídios da Coordenadoria Regional, que aguarda o laudo necroscópico, documento crucial para definir o rumo da investigação. A possibilidade de execução dentro do sistema prisional, caso confirmada, representa um alerta grave sobre a vulnerabilidade dos internos e a fragilidade da segurança institucional.
Enquanto o corpo de Aldeir Santos de Jesus aguarda sepultamento e respostas, a sociedade exige justiça, transparência e responsabilização, seja ela institucional ou individual.