Na noite desta quarta-feira (28), a cantora gospel Vanilda Bordieri recorreu às redes sociais para compartilhar, visivelmente abalada, a notícia de que os principais suspeitos pelo assassinato de seu irmão foram finalmente detidos pela polícia. A revelação foi feita durante uma transmissão ao vivo marcada por forte comoção.
As prisões foram efetuadas pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Avaré, com o suporte do Grupo de Operações Especiais (GOE) de Sorocaba. A operação também cumpriu um mandado de busca e apreensão na mesma região.
O caso, que teve grande repercussão na comunidade local e entre os seguidores da artista, remonta a abril de 2024. Antônio Carlos Bueno, conhecido carinhosamente como “Tonho taxista”, desapareceu misteriosamente e, dias depois, foi encontrado sem vida dentro de seu próprio carro, no município de Coronel Macedo, interior de São Paulo.
Na ocasião, as circunstâncias apontavam para um possível suicídio, já que o corpo estava com uma corda no pescoço. Porém, durante o velório, Vanilda Bordieri declarou publicamente que havia recebido uma revelação divina.
Segundo ela, Deus teria lhe mostrado que o responsável pela morte de seu irmão estava presente no local. A cantora chegou a confrontar uma pessoa, mas foi contida por familiares. A partir daquele momento, ela e a sobrinha — filha da vítima — passaram a lutar incansavelmente por justiça.
As investigações seguiram por mais de um ano até que a polícia reunisse provas suficientes para identificar os envolvidos. De acordo com a apuração, um trio composto por uma mulher de 45 anos, seu filho de 27 e um homem de 51 anos teria arquitetado o crime. Todos foram localizados e presos no bairro Jardim Esperança, em Sorocaba.
O detalhe que mais chocou a cantora foi saber que os suspeitos estiveram no velório e até derramaram lágrimas diante do caixão, numa tentativa, segundo ela, de encobrir o envolvimento no assassinato. Conforme revelado pelas autoridades, a mulher seria a mandante da ação. O plano teria incluído o uso de substâncias para dopar Antônio Carlos, que em seguida foi morto de maneira a simular um suicídio.
Além do laço pessoal, a polícia também descobriu indícios de que os suspeitos tinham vínculos financeiros com o taxista. Há suspeitas de que o trio tenha se beneficiado economicamente após sua morte, incluindo a aquisição de bens.
Com base nas provas reunidas, a Justiça autorizou a prisão temporária dos três envolvidos. Dependendo da evolução do inquérito, as detenções poderão ser convertidas em prisões preventivas. O caso segue sob investigação.
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