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A população de Itamaraju voltou a levantar críticas severas contra o Hospital Municipal e as Unidades de Saúde da Família (USFs), diante de um cenário que mistura superlotação, demora no atendimento, falta de médicos e, sobretudo, falta de respeito com o cidadão.
Nos últimos dias, um aumento expressivo nos casos de gripe, associado a uma possível virose generalizada, tem levado pais e crianças a buscarem atendimento nos serviços públicos de saúde. Mas o que encontram é o caos instalado.
No último domingo (1º de junho), moradores usaram as redes sociais para denunciar o descaso. “Fui ao hospital com parente doente, esperamos por horas, e sequer havia médico”, disse uma moradora. Outros casos semelhantes têm se repetido ao longo da semana, com pacientes exaltados diante da indiferença de profissionais e da morosidade nos atendimentos.
O que mais choca é o relato de uma dona de casa, que descreveu ter sido ignorada por uma profissional da saúde:
“Ela apenas olhou para mim e mandou eu voltar pra casa. Passei dias com febre e dores. Isso não é atendimento, é abandono.”
A situação é tão grave que muitos cidadãos têm recorrido às farmácias, comprando medicamentos sem prescrição médica, com medo de buscar as unidades de saúde. Esse comportamento expõe a ineficiência da gestão municipal, que tem falhado de forma sistemática na garantia do direito básico à saúde.
Não se trata de um problema isolado ou pontual. É um sintoma de um sistema doente, negligenciado pelo poder público, onde a população se vê obrigada a enfrentar filas, despreparo e humilhações enquanto busca socorro.
Em vez de acolher, o que se vê é um sistema que expulsa, silencia e adoece ainda mais quem já está fragilizado. A saúde de Itamaraju está pedindo socorro e quem deveria escutar, parece estar de ouvidos tapados.