O pastor Silas Malafaia ainda não atendeu por completo a uma determinação da Justiça de São Paulo que exige a retratação pública de uma declaração falsa feita por ele contra o Partido dos Trabalhadores (PT) durante um evento político em 2024.
A decisão foi emitida pela 9ª Vara Cível da capital paulista, que determinou que o líder religioso divulgasse o desmentido em todas as suas redes sociais, após ele afirmar — de forma incorreta — que o PT teria invadido o Congresso Nacional em 2017 com a intenção de destituir o então presidente Michel Temer (MDB). O episódio citado, no entanto, não teve ligação com o partido.
De acordo com a sentença, Malafaia deveria se retratar amplamente nas plataformas digitais que administra, sob pena de multa diária, limitada a R$ 100 mil. Contudo, conforme revelou o colunista Ancelmo Gois, até o momento o pastor teria feito a retratação apenas em seu canal no YouTube, deixando de publicar o desmentido em redes como Instagram e X (antigo Twitter).
PT reage e Justiça reforça decisão
Diante do descumprimento parcial da ordem, o Partido dos Trabalhadores voltou à Justiça e pediu a execução da sentença em sua totalidade. O tribunal acolheu o pedido da sigla, considerando que a decisão inicial não foi cumprida como determinado. Em resposta, a defesa de Malafaia tenta agora anular essa nova determinação judicial.
O caso reacende o debate sobre a disseminação de informações falsas por figuras públicas e o uso das redes sociais como palanque político. A ação judicial movida pelo PT tem como base o impacto que esse tipo de declaração pode ter na opinião pública, especialmente em um cenário já polarizado.
Entenda a fala que motivou a ação
O episódio ocorreu durante um ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, realizado na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro de 2024. Em seu discurso, Malafaia afirmou que o PT havia protagonizado um quebra-quebra no Congresso em 2017 com o objetivo de derrubar Temer. No entanto, os protestos em questão, embora violentos, não foram organizados pelo partido.
“Em 2017, o PT invadiu o Congresso Nacional. Quebra-quebra. Sabe por que eles invadiram? Para derrubar o presidente Temer. Não foram chamados de golpistas, mas de manifestantes. Em 2017, tacaram fogo no Ministério da Agricultura, ninguém chamou de golpista”, disse o pastor na ocasião, em tom de crítica à cobertura midiática e ao tratamento dado aos atos bolsonaristas de 8 de janeiro de 2023.
A fala repercutiu nas redes e levou o partido a acionar a Justiça por danos à imagem e disseminação de desinformação.
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