Francisco Cuoco, um dos mais queridos atores brasileiros, faleceu no dia 19 de junho de 2025, aos 91 anos. Embora tenha trilhado uma carreira brilhante nas artes, sua incursão no mundo político foi marcada por um desafiante dilema pessoal. O ator sempre se mostrou próximo de seu filho, Diogo Rodrigues Cuoco, durante suas tentativas de ingressar na política, mas esse apoio transformou-se em frustração ao longo do caminho.
Na virada do milênio, Diogo buscou conquistar um cargo público, primeiro como candidato a deputado estadual em 2002 pelo PMDB. O peso do nome Cuoco, em plena ascensão na televisão brasileira, certamente ajudou a atrair atenções. Em um ato de campanha em Nova Iguaçu, seu pai ofuscou tanto o filho quanto o famoso político José Serra, o que gerou um misto de orgulho e preocupação na família.
Contudo, o sonho político de Diogo não se concretizou. Em 2004, tentou novamente, desta vez para a câmara municipal, mas acabou obtendo apenas 4.554 votos. Após essas duas derrotas, a paciência e o entusiasmo de Francisco começaram a se esgotar. Ele decidiu se retirar da esfera política, revelando uma decepção profunda. A medida foi motivada, em grande parte, pelos escândalos de corrupção que abalaram o país, especialmente durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em uma entrevista à Folha de S. Paulo em 2005, ele declarou: “Disse a ele que não queria mais lidar com isso. Está evidente que houve muita corrupção e fico escandalizado.” Cuoco, com seu olhar crítico, manifestou tristeza e indignação: “A atuação do Lula foi muito modesta na área cultural. É decepcionante. Prefiro ficar no sonho, que é minha atividade”. Com essas palavras, ele simbolizou a visão de muitos que se sentiram traídos por promessas não cumpridas.
Cuoco, ao tomar a difícil decisão de se afastar, refletiu o sentimento de milhares de brasileiros desiludidos com a política. Que lições podemos tirar dessa história? O que esperar de nossos líderes e de nós mesmos em tempos de desilusão? Compartilhe suas reflexões e opiniões nos comentários abaixo.