Um juiz federal dos Estados Unidos, na última sexta-feira (20), emitiu uma ordem de libertação imediata para Mahmoud Khalil, um dos principais líderes dos protestos pró-Palestina na Universidade de Columbia. Detido por mais de três meses sem acusações formais, Khalil é um palestino nascido na Síria, casado com uma cidadã americana e residente legal nos EUA. Ele foi o único demonstrante a permanecer preso, enquanto o governo Trump tomava medidas para conter o que rotulou como “antissemitismo” nas instituições de ensino.
Durante sua detenção, marcada por polêmicas e incertezas, Khalil vivenciou a alegria de se tornar pai pela primeira vez, um momento que tornou sua prisão ainda mais dolorosa. O juiz Michael Farbiarz, durante audiência em um tribunal de Nova Jersey, destacou que as alegações do governo, apresentadas pelo secretário de Estado Marco Rubio, que afirmavam que as atividades de Khalil representavam um risco aos interesses dos EUA, não eram suficientes para justificar sua prisão. O juiz descreveu a situação como “muito, muito incomum”.
Em uma decisão anterior, em 11 de junho, Farbiarz já havia determinado que Khalil não poderia ser detido ou deportado com base nas mesmas alegações. Apesar do tribunal ter estabelecido um prazo para sua libertação, o governo se recusou a cumprir a ordem, alegando supostas irregularidades na solicitação de residência do palestino. Agora, uma nova audiência está marcada para discutir as condições da libertação, incluindo a entrega do passaporte e de outros documentos de viagem por parte de Khalil.
O caso destaca as complexas interações entre questões de imigração, direitos de protesto e liberdade de expressão nos Estados Unidos. A libertação de Khalil pode não apenas trazer um alívio pessoal para ele e sua família, mas também abrir um debate mais amplo sobre a liberdade de expressão nas universidades. O que você pensa sobre as medidas que têm sido tomadas em relação a protestos e direitos humanos? Compartilhe sua opinião nos comentários!
