20 julho, 2025
domingo, 20 julho, 2025

Vídeo mostra início de ação da PM que matou senegalês no Brás

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Imagem da ação policial

Um vídeo impactante revela os momentos que antecederam a trágica morte do comerciante senegalês Ngange Mbaye, ocorrida em abril, no Brás, São Paulo. As imagens, capturadas por câmeras de segurança, mostram que ele não estava vendendo produtos no instante em que foi abordado pela Polícia Militar (PM).

Ngange havia acabado de almoçar e, ao deixar o restaurante, cruzou o caminho de alguns policiais em direção ao seu carrinho de mercadorias. O que se seguiu foi caótico: os agentes iniciaram a abordagem, levando a uma correria desesperada. Um testemunho ocular, que registrou a confusão do alto de um prédio, expôs a brutalidade: um PM agrediu Ngange com um cacetete, e ele, em defesa, reagiu com uma barra de ferro. O desfecho foi trágico: ele foi baleado.

Assista:

De acordo com a PM, a operação visava fiscalizar o comércio local, e a abordagem ocorreu por volta das 14h. A corporação alega que Ngange reagiu e atacou os policiais. Após ser baleado, o comerciante foi levado ao Hospital Santa Casa, mas não sobreviveu. Tragicamente, ele deixou uma esposa grávida de sete meses. Um policial também ficou ferido durante os eventos e foi levado ao Hospital Nossa Senhora do Pari.

O caso gerou intenso descontentamento na comunidade, resultando em um protesto por comerciantes da região, que culminou em confrontos com a polícia. O coronel PM Valmir Racorti, comandante do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), mobilizou mais de 100 agentes para controlar a situação. Os manifestantes enfrentaram as tropas de Choque com objetos e bloquearam ruas, enquanto os policiais usavam bombas de efeito moral e munições de borracha.

Em meio a tudo isso, o Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante emitiu uma nota de repúdio, expressando sua indignação: “Recebemos com profunda tristeza e indignação a notícia da morte do comerciante senegalês. Mais uma vez, um negro, migrante e trabalhador teve sua vida brutalmente interrompida por uma abordagem policial desmedida.”

Este episódio trágico nos leva a refletir sobre a necessidade urgente de repensar as abordagens policiais e a proteção dos direitos humanos. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe suas reflexões nos comentários.

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