9 agosto, 2025
sábado, 9 agosto, 2025

Programa secreto de Israel pode ter 90 bombas atômicas; entenda

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O complexo cenário geopolítico do Oriente Médio ganha ainda mais contornos intrigantes quando olhamos para o programa nuclear secreto de Israel. Desde a década de 1950, o Estado judeu tem sido apontado por várias fontes como detentor de um arsenal que pode incluir até 90 bombas atômicas, conforme afirmações da Federação de Cientistas Americanos e da Associação de Controle de Armamentos dos EUA. Contudo, existem análises que sugerem números ainda mais altos. Marcante é o fato de que Israel nunca confirmou, nem negou, sua posse de armas nucleares, e se destaca como o único país na região a não assinar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), furtando-se também às inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), contrariamente ao que o Conselho de Segurança da ONU já solicitou.

A construção da usina nuclear de Israel, situada na cidade de Dimona, começou antes de 1958, através do projeto Soreq Nuclear Research Center, mantendo o estado de segredo. Essa opacidade contrasta fortemente com a pressão exercida pelas potências ocidentais para conter o programa nuclear do Irã. O professor Robson Valdez, especialista em relações internacionais, tece críticas à hipocrisia das potências ocidentais que apoiam Israel, permitindo que seu programa nuclear ocorra sem a devida supervisão internacional.

Os primeiros reatores nucleares de Israel foram fornecidos pelos EUA, no âmbito da iniciativa “Átomos para a Paz”. Segundo o historiador Manoel Bandeira, a construção das bombas nucleares começou sem que Washington fosse consultado. O ex-agente da CIA, Carl Ducketts, mencionou em 1968 que Israel já possuía armas nucleares, com detalhes de contrabando oriundos dos EUA. Além disso, o ex-técnico nuclear Mordechai Vanunu, que revelou o programa de armamento de Israel em 1986, foi preso e torturado, mas destacou em entrevistas que sua intenção nunca foi de traição — mas sim de transparência ao mundo.

A falta de supervisão internacional em relação ao programa nuclear israelense contrasta com a situação de outras potências nucleares. O cientista político Ali Ramos afirma que Israel vive em um limbo em termos de controle nuclear, não se submetendo às mesmas normas que se aplicam a EUA, Reino Unido e França. A insistência de Israel em não aderir ao TNP ou submeter suas instalações às salvaguardas da AIEA representa uma lacuna crítica nas abordagens globais de não proliferação.

Outro aspecto que agrava a situação é a utilização do programa nuclear israelense como um trunfo na expansão territorial. Desde sua formação em 1948, Israel tem explorado as incertezas geopolíticas, e durante a guerra de 1973, a ameaça de um ataque nuclear foi empregada como estratégia de dissuasão, colocando em alerta diversas bombas atômicas. Tal postura revela uma estratégia de poder que não apenas molda a política interna, mas também a dinâmica regional.

Diante desse cenário, é fundamental refletir sobre a necessidade de uma abordagem coerente e transparente em relação a armas nucleares. O que você pensa sobre o programa nuclear de Israel e seu impacto na segurança global? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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