No dia 9 de novembro de 2023, a tranquilidade de São José do Rio Preto foi brutalmente interrompida. Kléber Lúcio Souza de Oliveira foi fuzilado por assassinos que desembarcaram de um Volkswagen Gol, logo após ele estacionar seu Fusca em uma garagem. As armas? Fuzis calibre 5.56, comumente usados em guerras, tornaram este crime ainda mais chocante.
O homicídio de Kléber é apenas um entre seis casos relacionados a um grupo de policiais militares sob investigação, acusados de atuarem como assassinos de aluguel para o crime organizado. Desde uma denúncia em abril do ano passado, a Corregedoria da Polícia Militar tem investigado essa sombria aliança entre policiais e agiotas.
Testemunhas protegidas revelaram a participação de sargentos conhecidos — Saint Clair Soares, Rafael Soares e Alan Victor Soares — como integrantes de uma organização criminosa envolvida em agiotagem e homicídios. Em maio deste ano, esses policiais foram detidos em cumprimento a mandados da Justiça Militar.
Contudo, as detecções não pararam por aí. Recentemente, o cabo Felício Pereira Alonso Soler também foi preso, sob a suspeita de estar vinculado ao assassinato de Jefferson Caetano Barbosa, ocorrido em março de 2023. Este crime desencadeou uma série de assassinatos na região, todos com características semelhantes.
O conjunto de crimes revela um padrão perturbador. Em 14 de setembro, Diego Ermenegildo de Souza foi executado em sua borracharia. A violência se intensificou com o assassinato de Kléber, seguido por Tiago José Rocha, que, após ser alvejado, passou dois meses internado antes de sucumbir aos ferimentos. Jefferson Cristiano de Souza e José Rodrigues de Souza Oliveira, ambos ligados à agiotagem, também foram vítimas dessa sequência cruel.
As investigações revelaram que os sargentos não estavam apenas perpetrando os atos, mas também agindo sob ordens. A traficante e agiota Bianca Meirelles Nogueira é uma das supostas contratantes dos assassinatos. Os policiais foram acusados de agir em nome de agiotas, cobrando dívidas de maneira fatal e brutal.
Mesmo detidos, o silêncio sobre o valor pago por esses crimes perdura. Enquanto isso, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) declarou que a PM está apurando as irregularidades atribuídas a seus membros, enfatizando que não compactua com excessos ou desvios de conduta.
Esses eventos devastadores não são apenas estatísticas; são histórias de vidas interrompidas que clamam por justiça. A corrupção dentro das forças de segurança não apenas prejudica a integridade da lei, mas coloca em risco a vida diária da população. O que você acha que deve ser feito para lidar com essa crise na segurança pública? Deixe sua opinião nos comentários!