Em meio à crescente tensão no Oriente Médio, Donald Trump não poupou palavras ao sugerir uma mudança de regime no Irã. No último domingo (22), após a intervenção militar dos EUA, que bombardeou instalações nucleares iranianas, o ex-presidente utilizou sua plataforma Truth Social para trazer à tona um novo acrônimo: “MIGA” (Make Iran Great Again), brincando com seu famoso slogan “MAGA” (Make America Great Again). Ele questionou: “Se o atual regime iraniano não é capaz de tornar o Irã grande novamente, por que não haveria uma mudança de regime?”
A declaração se insere em um cenário de conflitos intensificados, onde desde junho, Irã e Israel se encontram em guerra. As forças israelenses já atacaram mais de 200 alvos em Teerã, e os ataques dos EUA, incluindo os de sábado (21), fazem parte de uma estratégia para desmantelar a infraestrutura nuclear do país. Trump chamou esta ação de “obliteração da fortaleza nuclear” iraniana.
Entretanto, enquanto o ex-presidente faz suas declarações ardentes, membros de seu próprio governo se apressam em esclarecer que a operação não visa derrubar o regime, mas sim conter o avanço nuclear do Irã. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, enfatizou que “esta missão não era e não tem sido sobre mudança de regime”.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, está no poder desde 1989 e continua a rejeitar propostas de acordo que buscam limitar o programa nuclear do país. Desde a saída dos EUA do acordo nuclear em 2018, o Irã tem acelerado o enriquecimento de urânio, o que levanta preocupações internacionais sobre a possibilidade de desenvolvimento de armas nucleares.
Trump já havia sinalizado sua intenção de retomar a pressão máxima sobre Teerã. Recentemente, declarou que possui “controle do céu iraniano” e indicou que sabe da localização de Khamenei, embora não tenha optado por uma ação direta até o momento. A situação continua a evoluir, mantendo o mundo alertado para os desdobramentos futuros.
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