A instabilidade geopolítica no Oriente Médio está prestes a provocar uma onda de mudanças no mercado de petróleo. Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, alertou que o preço do petróleo deve aumentar em decorrência dos recentes ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã. O conflito entre Irã e Israel, agora acirrado, traz à tona a fragilidade do mercado energético global.
Durante uma entrevista à Rádio CBN, Durigan enfatizou que há uma tendência de alta nos preços do petróleo. Embora tenha observado uma recente aquisição que pode suavizar essa alta, ele destacou a importância de monitorar os desdobramentos de perto. “A política de preços da Petrobras é bem-vinda neste momento”, afirmou, reiterando que o governo está atento às possíveis consequências desse cenário.
Mas qual é o impacto disso na inflação? Durigan reconhece a possibilidade de que essa instabilidade afetar a trajetória de queda da inflação, embora não seja uma novidade. O secretário lembrou que o Brasil enfrentou desafios significativos, como uma seca histórica e uma desvalorização do real de 24% no último ano, mas mesmo assim a inflação não saiu de controle. “Não esperamos por um aumento desmedido da inflação”, garantiu.
Atualmente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) já acumula uma alta de 5,32% nos últimos 12 meses, com sinais de desaceleração. Entretanto, as previsões indicam que o Brasil pode enfrentar mais um ano em que as metas inflacionárias não serão atingidas. Como o cenário internacional continua a se agravar, a vigilância sobre a economia torna-se mais crucial do que nunca.
Você está preocupado com as repercussões dessa crise no seu bolso? Compartilhe sua opinião nos comentários!