
Em um movimento decisivo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu permissão nessa segunda-feira, 23 de junho, para que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro participe da acareação programada entre o ex-candidato à vice-presidência Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid. Essa acareação ocorre no contexto da Ação Penal nº 2.668, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado entre os anos de 2022 e 2023, e está agendada para as 10h na Primeira Turma do STF.
O pedido dos advogados de Bolsonaro foi protocolado na manhã desta segunda-feira. Na resposta, Moraes deixou claro que “todas as defesas dos co-réus” têm o direito de participar desse processo, ressaltando a importância da acareação em esclarecer possíveis contradições nos diversos depoimentos das testemunhas, além dos interrogatórios dos réus.
“Diante do exposto, todas as defesas dos co-réus, na presente ação penal, têm o direito de participar das acareações, incluindo os réus Jair Messias Bolsonaro e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Portanto, e conforme o art. 21 do Regimento Interno deste Supremo Tribunal Federal, julgo prejudicado o pedido”, declarou Moraes.
O general Braga Netto chegou a Brasília na mesma segunda-feira para participar do procedimento. Ele está sob custódia e usa tornozeleira eletrônica durante o deslocamento do Rio de Janeiro. Sua defesa havia solicitado o adiamento da acareação, alegando que um dos advogados estaria em viagem internacional, mas o pedido foi negado pelo ministro Moraes.
Este evento se reveste de grande importância para o desenrolar do caso, à medida que os detalhes da acareação podem impactar diretamente a percepção pública e o andamento do processo judicial. O que você acha das implicações desse evento? Deixe sua opinião nos comentários!