A Polícia Civil encerrou as investigações do caso Vai de Bet e indiciou Yun Ki Lee, ex-diretor jurídico do Corinthians. A acusação inclui omissão imprópria, além de crimes como furto e lavagem de dinheiro. O inquérito agora aguarda o parecer do Ministério Público, enquanto outros envolvidos, como o ex-presidente Augusto Melo e ex-diretores, também enfrentam sérias acusações.
O escândalo começou após a franquia de apostas rescindir unilateralmente o contrato de patrocínio de R$ 360 milhões, citando repasses questionáveis a uma empresa considerada “laranja”. A Rede Social Media, apontada como intermediadora do negócio, teria utilizando uma empresa fantasma para fazer transferências de mais de R$ 1 milhão para outra empresa associada ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
As autoridades alegam que Lee falhou em enviar o contrato para a análise do setor de compliance do clube, o que poderia ter evitado a fraude. Essa omissão é vista como uma responsabilidade direta, já que a intermediadora sequer possuía um cadastro válido no sistema de identificação econômica.
Em janeiro de 2024, o Corinthians anunciou o acordo de patrocínio, mas a situação rapidamente se complicou, levando à demissão de Lee logo após o escândalo ganhar destaque. Para o Ministério Público, a falta de diligência na análise do contrato é um ponto crucial que pode resultar em sérias consequências legais.
O caso agora depende da decisão do promotor Juliano Atoji, que acompanhou cada etapa das investigações. Se as acusações forem formalizadas, Lee e os outros indiciados podem enfrentar um longo processo judicial, incluindo a possibilidade de recurso no Supremo Tribunal Federal.
O contrato com a Vai de Bet traz à tona questões éticas e legais que envolvem não apenas o Corinthians, mas também toda a comunidade esportiva. A defesa de Melo mantém sua posição de inocência, mas as investigações continuam a revelar camadas de complexidade emocional e financeira.
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