A crise na administração municipal se aprofunda. Ao longo dos últimos meses, uma sequência de escândalos vem desnudando o que muitos já chamam de um governo de fachada, sustentado por marketing digital e narrativas falsas. Mas agora, a indignação rompe os muros da oposição: até aliados políticos começaram a denunciar a incompetência e o descaso da atual gestão.
O estopim da revolta foi o relato de parlamentares que escancararam o abandono das comunidades rurais, onde moradores se veem obrigados a fazer “vaquinhas” para tapar buracos nas estradas, um serviço que deveria ser garantido com o dinheiro dos impostos pagos pela própria população.
Enquanto isso, milhares de reais são despejados em publicidade nas redes sociais, exibindo obras herdadas de gestões anteriores e promovendo eventos que pouco ou nada contribuem para a melhoria da cidade. Um dos vereadores chegou a declarar, em tom de desabafo, que “o único lugar onde esse governo funciona é no Instagram”, impulsionado por sabujos contratados e empresas de monitoramento digital.
A ausência do prefeito é outro ponto crítico. Segundo denúncias, ele sequer comparece aos espaços públicos onde deveria dar exemplo de gestão e comprometimento. A sua esposa, que ocupa cargo de secretaria, também estaria mais preocupada com câmeras e aparições midiáticas, como se estivessem vivendo em um reality show, completamente desconectados da realidade enfrentada por quem mais precisa.
A cada promessa descumprida, a paciência da população se esgota, restando apenas recorrer ao Ministério Público e outros órgãos de controle. A suposta contratação emergencial de uma empresa para resolver os problemas de transporte, anunciada há semanas pelo próprio gestor, não passou de mais uma promessa vazia.
Hoje, o que se vê é um governo sustentado por mentiras, escândalos e propaganda, enquanto a população amarga a falta do básico: transporte, infraestrutura e respeito. Ainda assim, o subprefeito insiste: “esse é um governo promissor”.
Promissor para quem? Certamente não para quem está na estrada de barro, esperando um ônibus que nunca chega.