A recente aliança entre o Solidariedade e o PRD está criando ondas na política da Bahia, especialmente quando se trata da escolha do líder do novo diretório estadual. Paulinho da Força, presidente nacional e fundador do Solidariedade, tem demonstrado um apoio forte à nomeação do deputado estadual Luciano Araújo para liderar essa nova camada da federação. Araújo, que já preside o Solidariedade na Bahia, é visto como o candidato ideal para a função.
Entretanto, outro nome no cenário é o de Marcinho Oliveira, do União, que está em processo de filiação ao PRD. Quando questionado sobre quem deveria assumir a presidência, Paulinho da Força reafirmou seu apoio a Araújo, deixando claro que sua preferência é pelo seu correligionário.
Por outro lado, o deputado Pancadinha, também do Solidariedade, expressou uma opinião contrária em uma recente declaração. Ele sugeriu que a liderança da federação na Bahia acabaria indo para Oliveira, numa possível “parceria” com Araújo, o que destaca as diferenças de opinião dentro do partido.
Outro nome que foi considerado para a presidência é Francisco Elder, chefe de gabinete da Prefeitura de Salvador e atual líder do diretório estadual do PRD. No entanto, essa possibilidade parece ter perdido força, como revelado por fontes próximas ao processo.
A FORMAÇÃO DA FEDERAÇÃO
A união entre Solidariedade e PRD foi formalizada na quarta-feira (25), unindo forças com um total de dez parlamentares. Essa cooperação tem o objetivo de fortalecer a oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo que o Solidariedade ainda mantenha algumas posições na estrutura federal.
A nova federação busca combater a fragmentação política no Congresso, assegurando a necessidade de cumprir com a cláusula de barreira a partir de 2026, que exige um mínimo de 13 deputados eleitos em nove estados diferentes. A presidência da federação será conduzida por Ovasco Resende, ex-presidente do Patriota, que se fundiu ao PTB para criar o PRD em 2023.
Embora o Solidariedade tenha sido um aliado do governo nas eleições de 2022, o partido tem se distanciado da administração desde o início do ano. Paulinho da Força tem sido crítico em relação à atual gestão, a ponto de assinar um pedido para a instalação de uma CPI sobre fraudes no INSS. “Hoje já atuamos contra o governo na Câmara”, afirmou ele, definindo o novo rumo que pretende seguir.
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