
Na trama intricada da Operação Overclean, o deputado federal Félix de Almeida Mendonça Júnior (PDT-BA) emerge como uma figura central. A quarta fase da investigação, deflagrada pela Polícia Federal, resultou no afastamento de três prefeitos da Bahia, diretamente ligados a Mendonça. Embora o deputado não tenha sido alvo de buscas, sua conexão com os prefeitos o posiciona como um dos investigados mais relevantes do esquema, que investiga fraudes em licitações, superfaturamento e desvio de emendas parlamentares destinadas a municípios baianos.
Considerada uma das maiores operações da PF na Bahia, a Overclean possui ramificações que envolvem gestores públicos, empresários e parlamentares com foro privilegiado. Na ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em cidades como Salvador, Camaçari e Boquira, além de ordens de afastamento dos prefeitos, todas expedidas pelo STF. O núcleo sob investigação é acusado de liberar emendas para municípios em troca de vantagens ilícitas e manipulação de licitações.
“A apuração revela a possibilidade de um esquema organizado, com forte atuação sobre emendas parlamentares e procedimentos licitatórios.”
Os crimes em análise vão desde organização criminosa até lavagem de dinheiro, envolvendo um vasto esquema que abrange valores impressionantes. Além de suas relações com os prefeitos, a investigação também foca em uma aeronave pertencente ao empresário Alex Parente, suspeito de ser um dos operadores do esquema. O avião, utilizado por três deputados baianos, transportava quantias substanciais, incluindo R$ 1,5 milhão, cuja origem e destino agora estão sob o olhar atento da PF.
“Documentos apreendidos indicam que a aeronave era utilizada para articulações políticas e logísticas do grupo.”
A Operação Overclean visa expor um esquema de desvio de recursos de emendas parlamentares, tendo já identificado mais de R$ 1,4 bilhão em contratos suspeitos, muitos dos quais relacionados ao Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs). O caso, pelo seu envolvimento com parlamentares, chegou ao STF, e sua evolução pode culminar em mudanças significativas no cenário político baiano.
Todos os citados na investigação negam qualquer participação em irregularidades, enquanto a Polícia Federal segue com a análise sigilosa de documentos e movimentações financeiras. O que você acha que pode acontecer a seguir nessa trama cada vez mais complexa? Deixe seu comentário e participe da discussão!