Em uma decisão impactante, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitou, na última sexta-feira (27/6), o pedido da defesa de Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, para convocar Augusto Aras como testemunha em seu processo. Martins está entre os réus do núcleo 2 da ação penal nº 2.693, que investiga uma alegada tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.
Moraes concluiu que a presença de Aras na audiência não era pertinente, pois o ex-procurador-geral da República não teria informações esclarecedoras sobre os crimes atribuídos a Martins. As audiências das testemunhas, tanto de defesa quanto de acusação, estão agendadas para ocorrer entre os dias 14 e 21 de julho.
O núcleo 2 da trama golpista é composto por seis réus, que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), foram responsáveis por coordenar ações em apoio à tentativa de golpe. Os envolvidos incluem:
- Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
- Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do DF.
- Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial para Assuntos Internacionais.
- Marcelo Costa Câmara, coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro.
- Marília Ferreira de Alencar, delegada da Polícia Federal.
- Mário Fernandes, general da reserva do Exército.
Além do pedido negado por Aras, a defesa de Martins também solicitou que o sub-procurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, fosse ouvido, mas a solicitação foi igualmente rejeitada. O ministro considerou desnecessária a oitiva de Anelise Hauagge, esposa de Martins, embora outros nomes, como os filhos de Bolsonaro, Eduardo e Carlos Bolsonaro, tenham sido aceitos como testemunhas. Eles estão programados para depor por videoconferência no dia 16 de julho.
Essa sequência de decisões demonstra a complexidade da investigação e as tensões que ainda permeiam o cenário político brasileiro. Acompanhe de perto os desdobramentos deste caso e compartilhe sua opinião nos comentários abaixo. O que você acha dessas decisões do STF?