Moradores da zona rural de Itamaraju enfrentam diariamente um cenário de caos, abandono e sofrimento. O simples ato de se deslocar até a cidade para compras, trabalho ou cuidados de saúde tem se transformado em um desafio físico e psicológico, uma verdadeira prova de resistência digna de uma maratona do tipo Ironman.
As estradas esburacadas, cobertas de lama e intransitáveis não são novidade, mas o que revolta ainda mais a população é a atitude do atual gestor, que utiliza as redes sociais para fazer piada ou publicar mensagens irônicas, afirmando que somente irá agir quando o clima “estabilizar”. Uma postura que beira o desrespeito com aqueles que mais precisam da atenção do poder público.
Em locais onde a dignidade humana é respeitada, governos implementam ações emergenciais, estudam rotas alternativas e não medem esforços para garantir o direito de ir e vir, previsto na Constituição como fundamental à liberdade. Mas em Itamaraju, a gestão se isola em gabinetes fechados e redes sociais enganosas, rodeada de sabujos, escândalos e mexericos, alheia à realidade das famílias que lutam para sobreviver.
Imagens e relatos que chegam de distritos e povoados do município retratam não apenas estradas destruídas, mas também a dor, o desespero e o prejuízo daqueles que veem seus direitos sendo violados dia após dia.
Secretarias municipais deveriam estar atuando de forma concreta, planejando soluções e demonstrando respeito pelo cidadão. Mas o que se vê é um descaso institucionalizado, uma gestão que promete, debocha e não cumpre.
O povo do interior não precisa de curtidas nem de frases prontas. Precisa de ação, respeito e dignidade.