18 julho, 2025
sexta-feira, 18 julho, 2025

Governo define distribuição de vagas por cotas raciais em concursos públicos

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Imagem Representativa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de assinar um decreto que promete transformar o cenário dos concursos públicos no Brasil. Publicado em uma edição extra do Diário Oficial da União, na noite de sexta-feira (27), o decreto regulamenta a nova lei que amplia a reserva de vagas para cotas raciais a 30%. Essa mudança marca um passo significativo na busca por maior equidade no acesso a oportunidades no setor público.

Conforme estipulado, a distribuição das vagas será 25% para pessoas pretas e pardas, 3% para indígenas e 2% para quilombolas, abrangendo todos os órgãos da administração pública federal direta, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista sob controle da União. Essa ação não é apenas um decreto; é um compromisso com a diversidade e a inclusão.

Um ponto crucial é a redistribuição de vagas. Caso não haja candidatos suficientes em um grupo, as vagas são ajustadas para os demais, respeitando uma ordem de prioridade. Por exemplo, se as vagas destinadas a quilombolas não forem preenchidas, elas serão realocadas para os indígenas, e assim por diante, até que as vagas sejam ocupadas pelos candidatos da ampla concorrência. Esse sistema garante que mais pessoas possam acessar essas oportunidades, refletindo a pluralidade da sociedade brasileira.

Os candidatos que se enquadrarem em mais de uma categoria de cota serão priorizados nas que possuem maior percentual. É importante destacar que todos os participantes que se registrarem por cotas também terão a chance de competir na ampla concorrência, mas caso sejam aprovados nessa modalidade, não ocuparão a vaga reservada.

Além disso, o governo lançou uma Instrução Normativa, em conjunto com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, estabelecendo diretrizes para a implementação das cotas. Para concorrer, os candidatos devem se autodeclarar como negros, indígenas ou quilombolas, seguindo critérios do IBGE. A validade dessa declaração será confirmada por comissões de heteroidentificação e outros procedimentos específicos, garantindo rigor na aplicação das cotas.

Outra diretriz importante é a acessibilidade: os editais asseguram que candidatos cotistas tenham acesso a todas as fases do concurso, desde que atinjam a nota mínima. Também fica explicitamente proibida a divisão de vagas entre editais, uma prática que poderia minar a eficácia da política de cotas.

Um comitê será instituído para monitorar a aplicação das cotas e sugerir aprimoramentos. Esta é uma oportunidade não apenas para corrigir disparidades históricas, mas também para avançar em um diálogo contínuo sobre inclusão e diversidade em nossa sociedade. Quer saber mais sobre como essas mudanças impactam você ou alguém que conhece? Compartilhe suas opiniões e experiências nos comentários!

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