28 agosto, 2025
quinta-feira, 28 agosto, 2025

Bolsonaro testa fidelidade de aliados em novo ato contra cerco do STF

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Em um cenário onde cada ato público é uma prova de força, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está de volta às ruas, convocando seus apoiadores para um novo evento de mobilização. Este domingo, dia 28 de junho, marca a sexta manifestação desde que deixou a Presidência, e será um momento crucial para avaliar não apenas o poder de mobilização dos bolsonaristas, mas também a lealdade de seus aliados diante do crescente cerco do Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga as alegações de uma suposta trama golpista liderada por ele.

Na expectativa desse ato, sete governadores de diferentes partidos se reuniram com Bolsonaro no Palácio dos Bandeirantes em abril, demonstrando inicialmente um forte apoio. Contudo, para a manifestação de hoje, a presença de apenas quatro governadores foi confirmada: Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo), Jorginho Mello (SC) e Cláudio Castro (PL), que havia cancelado sua participação na última hora em um protesto anterior. Somente Tarcísio está garantido como orador no palanque.

O evento tem como lema “Justiça Já” e promete ser um momento de crítica ao andamento do julgamento de Bolsonaro no STF, onde as acusações estão sendo analisadas. O pastor Silas Malafaia, organizador do ato, ressaltou que Zema poderá discursar “se quiser”, deixando a decisão nas mãos do governador de Minas Gerais.

Em meio a esta mobilização, um estudo do Monitor do Debate Político, do Cebrap, revela que a adesão às manifestações bolsonaristas tem diminuído. Em eventos anteriores, como em fevereiro do ano passado, 185 mil pessoas se juntaram à Avenida Paulista, enquanto o último ato registrou apenas 44,9 mil participantes, uma queda alarmante de 75%. Em outros protestos, como o do Dia da Independência, a participação também ficou aquém das expectativas, mostrando uma tendência de declínio no engajamento popular.

Com a promessa de um discurso de esperança, Bolsonaro também levantou críticas à atuação do Judiciário, afirmando ser o principal alvo de uma perseguição. Em preparações para o protesto, aliados elogiaram a ideia de que a retórica consolidaria a narrativa de vitimização, destacando a necessidade de resistir à opressão, particularmente com relação às decisões do STF, que deles é vista como censura.

“Vou defender meus colegas dessa perseguição clara do Judiciário Brasileiro. A ampla maioria está sendo processada por falas na tribuna ou opiniões expressas nas redes sociais. É uma perseguição total aos conservadores e à direita”, afirmou Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, reforçando o clima de união entre os apoiadores.

A crítica às decisões do STF não se restringe apenas ao cerceamento da liberdade de expressão. A recente votação que derrubou o artigo 19 do Marco Civil da Internet também será um tema central, com aliados de Bolsonaro acusando o tribunal de promover um ato de censura disfarçado.

Este ato na Paulista não é apenas uma manifestação de apoio, mas uma tentativa de reacender a chama do movimento bolsonarista em um momento de desafios, buscando engajar mais uma vez sua base. Com personalidades políticas ao lado, incluindo deputados e senadores, como Flávio Bolsonaro e Magno Malta, o ato se tornará um palco para debates e posicionamentos contundentes.

Diante do público e de seus aliados, a expectativa é que discursos incisivos marquem a jornada deste domingo, refletindo não apenas a luta de Bolsonaro pela relevância política, mas também o desejo de seus apoiadores em reafirmar sua posição no cenário nacional. A manifestação será transmitida ao vivo, permitindo que aqueles que não estiverem presentes possam acompanhar a energia e os debates em tempo real.

E você, o que pensa sobre essa mobilização? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre o futuro do movimento bolsonarista e as implicações políticas que ele acarretará!

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