A pressão popular e a exposição da verdade continuam sendo as únicas ferramentas que conseguem forçar a atual gestão de Itamaraju a agir. Após a reportagem publicada na última quinta-feira (26 de junho) pelo Itamaraju Notícias, que denunciou o abandono de pacientes expostos ao frio e à chuva, a Prefeitura decidiu recuar e adotar uma medida paliativa, improvisando uma cobertura para amenizar o caos.
A reação do gestor municipal não foi fruto de planejamento, mas sim da vergonha pública. Um governo que só se movimenta depois da denúncia, que ignora o sofrimento da população até ser forçado a agir, não merece outro nome senão ineficiente e insensível.
Para piorar, há indícios de contratos suspeitos envolvendo empresas ligadas ao marido de uma servidora da cúpula da saúde, uma funcionária que, apesar de sua ligação direta com o alto escalão do governo, tem demonstrado despreparo, arrogância e desrespeito com os mais vulneráveis.
É inadmissível que pacientes que buscam atendimento na regulação, na policlínica ou no hospital municipal, já fragilizados por não conseguirem acesso a outros meios, sejam tratados com frieza e desdém. O que se espera de servidores públicos é acolhimento, humanidade e empatia.
A gestão precisa entender, de uma vez por todas, que o verdadeiro patrão é o povo. E diante de tantas reclamações, o prefeito deveria não apenas improvisar toldos, mas abrir procedimentos disciplinares contra os servidores que desrespeitam a população.
A saúde pública de Itamaraju não pode mais ser administrada com improvisos, favorecimentos e desprezo. O povo está cansado de ser tratado como peso, quando na verdade é quem sustenta cada cargo dessa estrutura. Chega de arrogância. Chega de omissão. É hora de governar com responsabilidade, respeito e vergonha na cara.