
No último domingo (29/6), a Avenida Paulista foi palco de uma manifestação organizada por bolsonaristas, que, surpreendentemente, teve uma adesão menor em comparação a eventos anteriores. Em uma análise honesta, lideranças do movimento reconheceram que o público não se equiparou ao de atos passados. O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), um dos líderes do PL e organizador do protesto, apresentou quatro razões que, segundo ele, poderiam explicar essa diminuição na mobilização.
Entre os fatores citados, destaca-se a coincidência com o Mundial de Clubes da FIFA, que teve a participação do Paris Saint-Germain e do Inter de Miami em um jogo que começou exatamente quando a manifestação estava programada. Além disso, o início das férias escolares, o fim do mês e o curto intervalo de tempo entre a convocação e o ato também foram apontados como razões que afetaram a presença dos apoiadores.
Esta manifestação é a sexta vez que Bolsonaro convoca seus apoiadores desde que deixou a presidência, um indicativo do desejo contínuo de mobilizar a base. Infelizmente, as manifestações bolsonaristas perderam força ao longo do tempo, conforme revelam dados do Monitor do Debate Político do Cebrap da USP, indicando uma capacidade de adesão mais reduzida.
Apesar dos desafios, o ato deste domingo atraiu aproximadamente 12,4 mil pessoas, conforme levantamento feito por drones e sistemas avançados de medição. No auge da manifestação, que ocorreu às 15h40, os números ainda ficaram aquém das estimativas anteriores, que apontavam 44,9 mil participantes em um evento realizado em abril e 18,3 mil em Copacabana, em março.
O líder do PL também desafiou a esquerda, afirmando que, mesmo com as dificuldades da data e a adesão menor, o movimento demonstrou uma força ainda significativa. “Desafiamos a esquerda a reunir um terço do nosso público,” afirmou. O tom assertivo reflete a determinação em continuar mobilizando e defendendo suas pautas, mesmo em tempos de adversidade.
O ato terminou após o discurso de Bolsonaro, consolidando a ideia de que, mesmo com os contratempos, a resistência é uma característica que permeia os movimentos por ele encabeçados. Agora, a reflexão fica no ar: o que nós, como sociedade, podemos aprender com esses movimentos, e qual será o papel do público nas próximas mobilizações? Compartilhe sua opinião nos comentários!