
Um novo capítulo na interseção entre arte e política emergiu quando o deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) protocolou um requerimento na Câmara dos Deputados. O foco de sua solicitação? A investigação do uso de recursos públicos na “Turnê das Drags: Em busca da pior do mundo”, um projeto de extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA).
O deputado expressa preocupações sobre a gestão dos R$ 79.418 destinados ao projeto, que foi aprovado por meio de dispensa de licitação. Segundo ele, há indícios de desvio de finalidade e falta de critérios objetivos na execução, além de uma possível afronta aos princípios constitucionais que regem a administração pública.
Em sua justificativa, Evair não mede palavras: “A própria nomenclatura do projeto é uma confissão inequívoca de desprezo pelo interesse público”, afirma ele, caracterizando a atividade como um desperdício de recursos que fere a moralidade e a eficiência esperadas de uma universidade pública. O deputado questiona se a Controladoria-Geral da União (CGU) tomou conhecimento do projeto e se foram implementadas auditorias para verificar a regularidade de iniciativas similares em outras universidades federais.
Criticando o que vê como desvio institucional, Evair argumenta que a universidade foi transformada em um palco para agendas identitárias e espetáculos performáticos, financiados pelo erário. Além disso, o requerimento propõe que a CGU tome medidas concretas para coibir práticas que considere inadequadas.
A “Turnê das Drags”, por sua vez, não é apenas um projeto; é um símbolo de um debate mais amplo sobre a utilização de recursos públicos e a liberdade artística nas instituições educacionais. O projeto gerou polêmica, especialmente entre parlamentares opositores ao governo, em um cenário já polarizado.
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