A banda The Velvet Sundown chamou atenção do mundo musical ao acumular mais de 500 mil ouvintes no Spotify em menos de um mês com dois álbuns de estreia “Dust and Silence” e “Floating on Echoes”. Com 26 faixas descritas como “alt-pop cinematográfico e soul analógico dos sonhos”, o grupo parecia ser a nova promessa da cena indie alternativa. No entanto, o que começou como um fenômeno sonoro rapidamente se tornou um caso controverso envolvendo inteligência artificial.
Apresentando-se como uma mistura de rock psicodélico dos anos 1970, folk e pop moderno, o Velvet Sundown oferece uma estética sonora que “soa como a memória de um tempo que nunca aconteceu”. Mas, por trás da estética envolvente, há um detalhe que não passou despercebido: nenhum dos integrantes da banda realmente existe.
Gabe Farrow, Lennie West, Milo Rains e Orion “Rio” Del Mar são os nomes atribuídos aos músicos, mas não há qualquer registro digital, redes sociais ou histórico anterior ligado a eles. As únicas imagens divulgadas da banda são visivelmente geradas por inteligência artificial, e sua conta no Instagram criada apenas em junho, contém mais perguntas do que respostas. Nenhum show, entrevista, nem aparição pública foi registrada.
As tentativas de contato feitas por fãs e jornalistas foram ignoradas, e uma conta criada no X (antigo Twitter) se limitou a afirmar que “somos uma banda de verdade e nunca usamos IA”, sem apresentar provas ou detalhes.
A banda reagiu às acusações em uma postagem enérgica:
“Essa afirmação de que ‘não temos registros digitais’ é insana e irresponsável, e ainda assim continua sendo repetida!”
Contudo, a ausência de evidências concretas apenas alimenta a teoria: seria The Velvet Sundown o primeiro projeto musical inteiramente gerado por IA a alcançar o topo das paradas? Ou estamos diante de uma nova forma de arte, que confunde os limites entre realidade e ficção no universo musical?
Seja qual for a verdade, o caso do Velvet Sundown já está sendo considerado um divisor de águas para o futuro da música digital e para os critérios de autenticidade nas plataformas de streaming.