
Em um passo decisivo na luta contra fraudes que afetam milhões de aposentados, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu um prazo de cinco dias úteis para que todos os Tribunais Regionais Federais (TRFs) do Brasil informem o número total de ações judicias relacionadas a descontos indevidos no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Essa medida abrange processos protocolados até 30 de junho de 2025, com a finalidade de auxiliar na análise de uma ação da AGU (Advocacia-Geral da União) em busca de uma solução unificada para os casos de fraudes em aposentadorias e pensões.
A decisão de Toffoli segue a suspensão, em 17 de junho, do prazo de prescrição das ações judiciais—garantindo que as vítimas possam recorrer sem pressão do tempo. O objetivo é criar um ambiente de segurança jurídica, coibir práticas de escritórios predatórios e proteger os cofres públicos, assegurando os direitos dos aposentados e pensionistas.
Fraudes no INSS: indenizações prometidas a partir de 24 de julho
Em uma audiência de conciliação, o ministro ressaltou que qualquer solução judicial deve assegurar a devolução integral dos valores indevidamente retirados. “Esta relatoria não abre mão da reposição aos que foram lesados dos valores criminosamente tirados”, afirmou Toffoli, deixando claro que a recuperação dos fundos é prioridade. O presidente do INSS, Gilberto Waller, anunciou que o pagamento das indenizações começará em 24 de julho, com a distribuição dividida em três lotes a cada 15 dias:
- 1º lote: 24 de julho;
- 2º lote: 9 de agosto;
- 3º lote: 24 de agosto.
A medida beneficiará cerca de 1,5 milhão de aposentados e pensionistas, em um contexto onde mais de 3,6 milhões de pessoas já contestaram descontos considerados indevidos. As estimativas indicam que os valores a serem devolvidos, incluindo correções e juros, podem alcançar impressionantes R$ 2,1 bilhões, resultado de descontos automáticos não autorizados alegadamente ligados a serviços de associações ou sindicatos com os quais os segurados não tinham vínculos.
Diante da gravidade e escalabilidade do problema, essa movimentação do STF e do INSS marca um momento histórico na defesa dos direitos dos cidadãos em situação de vulnerabilidade e aposentadoria. A resposta institucional e padronizada busca não apenas reparar as vítimas, mas também evitar novos abusos no futuro. Você já teve experiências com descontos indevidos? Compartilhe sua história nos comentários!