21 agosto, 2025
quinta-feira, 21 agosto, 2025

Dólar cai 0,75% e fecha a R$ 5,42, menor patamar desde agosto

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Em uma reviravolta surpreendente, o dólar encerrou a sessão desta quarta-feira (2) com uma queda de 0,75%, fechando a R$ 5,42, o nível mais baixo desde agosto. O que poderia ter levado a essa queda? A resposta pode estar nas fracas estatísticas do mercado de trabalho americano, que sugere um espaço maior para cortes de juros nos EUA, dando um gás às divisas latino-americanas, exceto o peso mexicano.

Após uma leve alta na véspera, quando o dólar ultrapassou os R$ 5,45, a moeda americana encontrou um novo patamar de desvalorização. Os operadores não conseguem identificar um único motivo para a valorização do real, mas destacam que a alta do minério de ferro e do petróleo também contribuiu para o desempenho favorável das moedas da região.

Outro fator que fortaleceu o real é a expectativa de que a taxa Selic permaneça em 15% por um período prolongado. Essa informação foi reforçada pelo diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, durante um evento no Citi. Juros altos não apenas desencorajam a adoção de posições em dólares, mas tornam as operações de carry trade ainda mais atraentes aos investidores.

Nos minutos finais da negociação, o dólar registrou uma mínima de R$ 5,4162, antes de fechar em R$ 5,4202. O movimento indica um maior controle sobre a moeda, que se desvalorizou consideravelmente em relação a outras divisas.

Por outro lado, a situação política também entra em cena. Ministros do STF consideram que abrir canais de diálogo entre o Executivo e o Legislativo pode ser a chave para resolver o impasse sobre o IOF. O ministro Alexandre de Moraes deve solicitar informações às partes nas próximas semanas, podendo também optar por uma conciliação.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou a importância do decreto do IOF para que a equipe econômica cumpra a meta fiscal de superávit de 0,25% do PIB em 2024. Enquanto isso, o diretor do Banco Central afirma que a dinâmica do câmbio está mais relacionada às flutuações do dólar global do que à força do real.

No cenário internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a outras moedas fortes, apresentava uma queda leve, em torno de 96,700 pontos. Essa tendência se alinha com o que foi observado também no relatório ADP, que revelou a perda de 33 mil postos no setor privado americano em junho, longe da expectativa de 115 mil novas vagas.

Com todos esses elementos em jogo, investidores se preparam para o relatório de emprego (payroll) de junho, que promete trazer novas perspectivas sobre as políticas futuras do Federal Reserve. O presidente do Fed, Jerome Powell, não descartou a possibilidade de cortes nos juros já em julho, apesar das incertezas inflacionárias criadas por decisões passadas.

O que você acha das recentes movimentações do dólar e da economia global? Deixe seu comentário abaixo!

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