18 julho, 2025
sexta-feira, 18 julho, 2025

Jovem que recebeu alta antes de morrer estava infartando há três dias

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Na última quinta-feira, 26 de junho, a vida de Camila Messias Moraes, uma auxiliar administrativa de 21 anos, foi abruptamente interrompida. Um dia antes, ela havia sido diagnosticada com crise de ansiedade e liberada após um atendimento no hospital da Unimed, na Asa Sul, mesmo apresentando sintomas alarmantes. A autópsia, realizada pelo Instituto Médico Legal, revelou uma trágica realidade: Camila estava infartando há três dias e faleceu devido a um tamponamento cardíaco e ruptura de aneurisma da aorta.

No dia 25 de junho, Camila deu entrada no hospital com dores intensas no peito e dormência nos braços. Apesar dos sinais evidentes de um problema sério, foi tratada apenas como uma paciente ansiosa. Após algumas horas de espera e um breve atendimento, ela foi enviada de volta para casa. No dia seguinte, a situação se agravou: em casa, Camila sofreu uma parada cardiorrespiratória, resultando em sua morte.

A rotina de Camila, marcada por atividades simples como trabalho e religião, foi tragicamente interrompida por um descaso médico. Sua história ecoa a dor da família, que se viu impotente diante do que poderia ter sido evitado. Sua irmã, Amanda, revelou que Camila havia se queixado de dores no peito e na coluna nos dias anteriores, mas não recebeu o devido tratamento, pois acreditavam que eram dores comuns.

Após a morte, a família questionou o atendimento recebido no hospital. Embora Camila tenha feito um eletrocardiograma que indicou uma “possível anomalia no átrio direito”, as preocupações foram ignoradas. “Os médicos chegaram a mencionar que pensaram ser apenas uma garota tentando um atestado médico”, relatou Amanda, refletindo a frustração da família diante do que consideram negligência médica.

“O exame mostrou alteração e o médico ignorou. Nós vamos continuar com a denúncia”, desabafou a prima de Camila, expressando a indignação de todos.

Em resposta, a Unimed CNU emitiu uma nota lamentando o falecimento e reafirmando que o atendimento seguiu as diretrizes médicas. A empresa afirmou que a paciente foi classificada como de baixo risco, sem fatores que justificassem uma internação, embora a família insista que a situação deveria ter recebido mais atenção.

O corpo de Camila foi velado em um clima de revolta e tristeza. Sua história marca não apenas a perda de uma jovem promissora, mas também levanta questões urgentes sobre a capacidade do sistema de saúde em identificar e tratar adequadamente os sinais de alerta. Diante do ocorrido, a família registrou um boletim de ocorrência na 15ª Delegacia de Polícia em Ceilândia para investigar a possível negligência e informar que pretende tomar providências legais.

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