25 agosto, 2025
segunda-feira, 25 agosto, 2025

Sob pressão de Rui Costa, presidente dos Correios prepara saída do cargo após prejuízo anual de R$ 2,6 bilhões

Compartilhe

Correios em reestruturação

A maré turbulenta que envolve os Correios, uma das maiores estatais do Brasil, tornou-se um enredo intrigante e preocupante. Fabiano Silva dos Santos, o atual presidente da empresa, está prestes a deixar seu cargo, conforme apurou Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo. Ele já redigiu uma carta de renúncia que será apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma manobra que revela o clima de incerteza que paira sobre a estatal. A expectativa é que seu mandato, que termina em agosto, não seja renovado devido à pressão crescente para uma reestruturação radical.

Essa pressão vem diretamente da Casa Civil, sob a liderança do ministro Rui Costa, que demanda um plano audacioso para revitalizar a empresa. Entre as propostas, o fechamento de agências em diversas regiões e a implementação de medidas que visam cortar os custos operacionais se destacam. No último ano, os Correios registraram um prejuízo alarmante de R$ 2,6 bilhões, um sinal claro de que mudanças drásticas são necessárias.

O escopo da reestruturação é amplo e inclui um Plano de Demissão Voluntária em andamento, que pode resultar na saída de cerca de 4 mil funcionários. Além disso, a perspectiva de extinção de até 10 mil posições é real, visando economizar R$ 1 bilhão, somando-se aos R$ 800 milhões já projetados com a atual demissão voluntária. Contudo, Fabiano mostra resistência a medidas mais severas, levantando preocupações sobre o impacto nos projetos sociais da empresa, especialmente a expansão em comunidades vulneráveis, como as 50 favelas que ganharam novas agências no Rio de Janeiro nos últimos anos.

Em meio a esse cenário desafiador, o ministro Rui Costa, em sua comunicação oficial, não se mostrou favorável a demissões em massa. Sua orientação preconiza a “racionalização dos gastos”, buscando um equilíbrio que evite um corte radical na força de trabalho da estatal. Apesar das disputas políticas que persistem entre os partidos da base aliada, a empresa ainda conseguiu garantir um empréstimo do Banco dos Brics, com planos ambiciosos de investir R$ 5 bilhões nos próximos anos. Entretanto, o recente rombo financeiro foi mencionado como resultado das novas regras de importação, popularmente conhecidas como “taxa das blusinhas”, que afetaram diretamente o volume de encomendas.

O que você acha do rumo que os Correios estão tomando? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe suas ideias sobre a situação da estatal!

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você