
Nos últimos dois meses, o estado de São Paulo vive uma tragédia no mundo da equinocultura. Mais de 290 cavalos perderam suas vidas após consumirem rações da empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. Enquanto isso, aproximadamente 250 animais estão atualmente sob tratamento intensivo em várias regiões, incluindo as cidades de Campinas, Sorocaba, e Indaiatuba, além da região metropolitana.
A advogada Maria Alessandra Agarussi, que representa os criadores afetados, lidera um levantamento alarmante. “Os casos aumentam diariamente. Mortes estão sendo reportadas em diversas partes do país”, lamenta, enquanto coordena o grupo “Vítimas da Nutratta”. Este coletânea de depoimentos reflete a dor e a luta de centenas de criadores, que se organizam para buscar justiça, mas cada um ajuizando suas ações de forma individual.
“Estamos vendo nossos animais morrerem sufocados, raspando a cabeça na parede… é desumano”, desabafa Marcos Barbosa, proprietário do haras Dia de Sol, onde nove cavalos já faleceram. “Todo o possível estamos fazendo, mas pedindo somente a Deus que nos livre desse sofrimento. Estamos passando momentos de terror”, define.
A situação é crítica. No Brasil, já foram contabilizadas cerca de 650 mortes de cavalos em decorrência da ingestão da ração contaminada. Entre os animais afetados, 367 estão em tratamento e 212 sob observação clínica, com casos registrados não apenas em São Paulo, mas também em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Alagoas, Bahia, Goiás e Rio Grande do Norte.
Os sintomas são alarmantes. Os cavalos apresentam desorientação, alterações de comportamento e mudanças na locomoção. “O primeiro sinal é a perda de apetite. Depois, eles ficam prostrados, encostando a cabeça na parede e, em casos extremos, até se machucando”, explica Barbosa, que vive uma situação angustiante no seu haras.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reagiu determinando o recolhimento imediato de todos os produtos destinados a equídeos fabricados a partir de 21 de novembro de 2024. A investigação sobre as mortes foi iniciada e encontrou substâncias tóxicas nas rações. No entanto, até o momento, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que não há apurações policiais a respeito.
- Em 4 de junho, o Mapa suspendeu a comercialização das rações fabricadas a partir de 8 de março, quando já se constavam 63 mortes.
- As apurações tiveram início em 26 de maio, e as mortes começaram a ser reportadas em abril.
- A empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. continua sob investigação, com a venda de seus produtos suspensa devido ao risco à saúde animal.
De acordo com a legislação vigente, o fabricante é responsabilizado a tomar medidas corretivas imediatamente, incluindo o recolhimento dos lotes contaminados. Até o momento, a Nutratta não se manifestou sobre o ocorrido, mas o espaço para um pronunciamento permanece aberto.
Essa situação chama a atenção para a urgente necessidade de responsabilização e ação! Compartilhe sua opinião e experiências nos comentários. Sua voz é fundamental nesta luta! Estamos juntos nessa causa!