25 agosto, 2025
segunda-feira, 25 agosto, 2025

Endividamento sobe pelo quinto mês seguido, mas inadimplência segue estável, diz CNC

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Mulher jovem verificando seu orçamento e pagando impostos

O mês de junho trouxe uma preocupação crescente: o índice de famílias endividadas no Brasil atingiu 78,4%, marcando o quinto mês consecutivo de alta, em comparação aos 78,2% de maio. Embora a situação não seja alarmante em relação ao ano passado, quando o número foi de 78,8%, é evidente que a pressão financeira sobre os lares está aumentando. Curiosamente, a taxa de inadimplência se manteve estável em 29,5%, cifra idêntica à de maio e um leve aumento em relação ao ano anterior, que registrou 28,8%.

A pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) destaca que, entre os tipos de dívidas, o cartão de crédito continua a ser o vilão, com 83,3% dos entrevistados indicando essa modalidade como sua principal fonte de endividamento. No entanto, a fatia de pessoas que se consideram “muito endividadas” cresceu ligeiramente, passando de 15,5% para 15,9%.

Em um panorama menos angustiante, a proporção de famílias que enfrentam dívidas há mais de um ano caiu para 32,2%, o índice mais baixo desde março de 2024. Em contraste, houve um aumento no número de famílias que reportam dívidas com menos de seis meses, o que sugere uma tendência de endividamento a curto prazo. O comprometimento médio da renda com dívidas também apresentou uma leve melhora, caindo para 19,2% para aqueles que alocam mais da metade de seu orçamento mensal para pagamentos atrasados.

A média geral de comprometimento diminuiu para 29,6%, refletindo recuos de 0,2 ponto em relação ao mês anterior. Além disso, o tempo médio de atraso nas contas também teve uma leve redução, passando de 64,3 dias em maio para 64,1 dias em junho. As dificuldades persistem, principalmente com 47,3% das famílias apresentando contas que estão vencidas há mais de 90 dias.

A situação é preocupante também entre diferentes classes sociais. Entre famílias que recebem de três a cinco salários mínimos, o endividamento subiu para 80,9%. Enquanto isso, entre aqueles que ganham até três salários mínimos, a taxa se manteve praticamente estável, com uma leve subida para 81,1%. A classe média baixa também viu um aumento na inadimplência, que avançou de 28,9% para 29,4%.

O economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, prevê que o endividamento deve continuar crescendo até o final de 2025, com uma possível alta de até 2,5 pontos percentuais. A inadimplência, por sua vez, pode crescer em até 0,7 ponto percentual. Diante desse cenário desafiador, é vital refletirmos sobre como a gestão financeira pode se tornar uma solução para enfrentar essa realidade.

E você, o que acha do cenário atual? Compartilhe suas opiniões e experiências nos comentários! Vamos discutir juntos sobre como enfrentar esses desafios financeiros.

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