19 julho, 2025
sábado, 19 julho, 2025

Irã intensifica posição contra existência de Israel, amplia exigências e complica fala do Brics

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Imagem do Brics

O crescente conflito entre o Irã e Israel parece ter atingido um novo patamar com a aproximação da Cúpula do Brics no Rio. O chanceler iraniano, Abbas Araghchi, está a caminho da cidade, pronto para intensificar suas exigências sobre o tratamento que o bloco dará à questão israelense. As últimas ações militares israelenses e estadounidenses contra o Irã transformaram as negociações em um verdadeiro campo de batalha diplomático, dificultando o consenso entre os países membros.

A delegação iraniana pressionou por um posicionamento mais contundente do Brics em relação aos ataques, exigindo uma retórica que se alinhasse à do governo de Teerã. A situação se tornou ainda mais delicada, pois os países que compõem o bloco, como Índia e Arábia Saudita, possuem laços significativos com Israel e os Estados Unidos. A necessidade de uma declaração unificada sobre a questão palestina e os bombardeios de 12 dias não só contaminou as discussões, como também tornou o ambiente de diálogo um terreno de complexidade crescente.

As autoridades iranianas vêm rotulando Israel como “inimigo” e “entidade sionista”, um discurso que agora está sendo defendido nas negociações do Brics. A pressão iraniana neste contexto não era inesperada, levando em conta que o grupo abriga um país que recentemente sofreu ataques diretos. A falta de um cessar-fogo substancial é vista como altamente problemática por diversos integrantes da cúpula.

Contudo, a resistência a esse tipo de linguagem por parte de algumas delegações complica a busca por um entendimento. Além de se pronunciar sobre a questão palestina e os ataques ao Irã, o grupo ainda precisa lidar com a proposta de reforma do Conselho de Segurança da ONU, uma questão que culminou em reveses para o Brasil em reuniões anteriores. Este equilíbrio delicado entre as nações também envolve a rejeição de mencionar diretamente Israel ou os EUA, o que revela a fragilidade das alianças na mesa de negociações.

É notável que, ao mesmo tempo, outros conflitos e tensões internacionais, como a crise na Ucrânia e a relação entre Paquistão e Índia, receberam menor atenção. Em meio a isso, o Brics se propõe a reafirmar seu compromisso com o multilateralismo, a despeito das pressões externas. A inclusão de líderes de organizações, como o diretor-geral da OMS e o secretário-geral da ONU, serve como um claro reflexo da visão coletiva do bloco.

Além das discussões mais amplas, o Brics também está definido para publicar comunicados sobre Financiamento Climático, Parceria para a Eliminação de Doenças e Inteligência Artificial, apontando para sua intenção de abordar questões globais cruciais, mesmo em meio a tensões regionais.

O que você acha que deveria ser a posição do Brics neste contexto tão volátil? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre as implicações dessa cúpula!

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