
Do épico ao genérico, a nova fase da franquia Jurassic Park, com Jurassic World: Recomeço, nos apresenta uma experiência que, apesar da nostalgia, parece um eco distante de sua grandiosidade inicial. Trinta anos após a estreia do icônico filme de Steven Spielberg, a franquia se torna um fóssil mal escavado, sem conseguir captar o encantamento que transformou dinossauros em fenômenos culturais.
O impacto visual que cativou uma geração nos anos 90 se esvai, e, ao revermos personagens como Sam Neill e Laura Dern, a mágica parece ter se perdido. O que antes era inovação, agora se revela repetição e previsibilidade. As sequências que outrora trouxeram frescor à narrativa, como a invasão do tiranossauro na cidade, agora ecoam como ideias rasas, sem o mesmo vigor.
Avançando para 2025, vislumbramos um novo capítulo. A franquia, agora relegada ao papel de mera máquina de lucrar, apresenta um enredo que se arrasta por clichês. Mergulhamos em um mundo onde executivos da indústria farmacêutica exploram o DNA dos dinossauros em busca de lucro, enquanto Scarlett Johansson e Mahershala Ali interpretam mercenários tentando colher amostras de sangue. A promessa de aventura é ofuscada pelo refrão já conhecido: ambições humanas levando a desastres.
O diretor Gareth Edwards, conhecido por sua habilidade visual, entrega sequências de tirar o fôlego, mas a profundidade da trama parece condenada ao raso. Os diálogos, recheados de intenções altruístas, falham ao tentar resgatar nuances dramáticas com a emblemática trilha de John Williams. As tentativas de introduzir um peso emocional tornam-se constrangedoras, distantes do brilho de suas predecessoras.
Apesar dos vislumbres de criatividade, com dinossauros resultantes de mutações genéticas surpreendentes, o filme caminha para uma banalização do que outrora foi admirável. A realização técnica não consegue ofuscar a sensação de que Jurassic World: Recomeço não captura a magia que os fãs tanto esperavam, deixando claro que, para conquistar novos públicos, precisará fazer muito mais do que reciclar ideias antigas.
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