18 julho, 2025
sexta-feira, 18 julho, 2025

Presídio policial tinha celular enterrado, drogas e caixas de cerveja

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Em um evento surpreendente, o Presídio Especial da Polícia Civil, na zona norte de São Paulo, foi palco de uma operação intensa no dia 4 de fevereiro. A Corregedoria da Polícia Civil, apoiada pela Guarda Civil Metropolitana e pelo Ministério Público de São Paulo, lançou um pente-fino que revelaria um panorama alarmante das atividades ilícitas dentro do presídio.

Durante a varredura, foram descobertos 20 celulares, enterrados nas celas e até no pátio. Esses dispositivos, utilizados por delegados e investigadores encarcerados, eram a ligação com o mundo do crime fora das grades, desafiando a ordem legal. Além dos celulares, itens surpreendentes como R$ 26.739,56, sete facas, dois notebooks, caixas de cerveja e garrafas de bebidas alcoólicas foram encontrados, bem como maconha e cocaína.

O corregedor-geral João Batista Palma Beolchi detalhou em seu relatório que essa operação era sem precedentes, revelando uma “orquestração criminosa” dos agentes detidos. As descobertas indicaram uma comunicação clandestina, com os presos criando contingências para esconder celulares, imprescindíveis para suas atividades criminosas enquanto estavam encarcerados.

A situação no presídio se complica ainda mais. Quase um mês depois, em 13 de março, uma nova operação, envolvendo 70 policiais civis, resultou na apreensão de mais drogas e dez celulares. A recurrente presença desses itens ilegais deixou claro que o sistema carcerário estava falhando em manter a segurança.

Com o surgimento de evidências que ligam dez policiais a uma suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), o corregedor fez um pedido para que esses policiais fossem transferidos para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), uma solicitação que foi negada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O juiz não encontrou respaldo legal para a transferência, ressaltando que a situação não justificava tal severidade, apesar dos indícios de envolvimento com organização criminosa.

Ao rejeitar a transferência, o juiz destacou que os itens apreendidos não podiam ser diretamente atribuídos aos policiais mencionados e que não havia provas concretas de atividade criminosa coordenada dentro do presídio. Os dez policiais permanecerão no local, ao menos por ora, enquanto as investigações continuam.

Esta situação alarmante no sistema prisional não apenas expõe a fragilidade das instituições, mas também levanta questões importantes sobre a eficácia das medidas tomadas para garantir a segurança pública. E você, o que pensa sobre essa situação? Deixe seu comentário e compartilhe suas opiniões!

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