
Após quase nove meses em compasso de espera, os integrantes da lista tríplice do Ministério Público aguardam ansiosamente a escolha do presidente Lula para a vaga de ministro no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Entretanto, novas movimentações políticas podem postergar essa definição. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um dos principais protagonistas desse enredo, solicitou um tempo ao Palácio do Planalto. Essa pausa visa estruturar seu futuro político em Alagoas antes que Lula tome uma decisão definitiva sobre a nomeação.
Lira tem grandes planos: sua meta é concorrer ao Senado em 2026. Porém, essa ambição pode ser ameaçada pela possível candidatura do atual prefeito de Maceió, JHC, que vê a disputa ao Senado como uma oportunidade de ouro, especialmente ao lado do notório Renan Calheiros (MDB), rival histórico de Lira.
A situação se torna ainda mais complexa com JHC e sua ligação à vaga do STJ. Sua tia, procuradora Maria Marluce Caldas, figura na lista tríplice, o que pode levar a uma aliança estratégica entre JHC e Lula em Alagoas para a eleição de 2026. Isso indicaria um caminho de colaboração que poderia beneficiar ambos os lados.
Porém, Lira não é um jogador que se deixa intimidar. Além do poder que conquistou durante seu mandato como presidente da Câmara, ele possui uma cartada na manga: o projeto que ele relator que propõe aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Essa proposta é uma consideração importante para pressionar a atual administração em relação ao STJ.
A lista de indicados ao STJ ainda ressalta outros nomes relevantes. Além de Maria Marluce, consta o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, bem avaliado dentro do Planalto, e o procurador de Justiça do Acre, Sammy Lopes. Vale lembrar que, no final de maio, Lula já havia assinado a indicação do desembargador Carlos Brandão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), embora a sabatina no Senado ainda não tenha ocorrido.
E agora, o que você pensa sobre essa complexa teia de alianças e rivalidades? Compartilhe sua opinião nos comentários!