19 julho, 2025
sábado, 19 julho, 2025

Para Lula, ONU não tem poder para acabar com guerras na Ucrânia e Gaza

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Em uma declaração contundente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou a fragilidade da Organização das Nações Unidas (ONU) em meio a crises globais, ressaltando a incapacidade do órgão de negociar cessar-fogos na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Durante pronunciamento realizado no Rio de Janeiro, Lula enfatizou a necessidade urgente de reforma no Conselho de Segurança da ONU, a fim de promover uma maior diversidade na participação dos países na resolução de conflitos.

“O Conselho de Segurança, que deveria servir como um modelo para a prevenção de guerras, tem sido um agente promotor de conflitos. Desde a guerra do Iraque até a invasão da Líbia, observamos como essas ações desestabilizam nações. Ninguém pede licença para travar guerras”, afirmou ele, apontando a irresponsabilidade das ações militares que se desdobram mundo afora.

O presidente tucano também destacou a falta de uma entidade internacional que possa efetivamente mediar o conflito entre Rússia e Ucrânia, gerando dificuldade para interromper as ofensivas militares que assolam o Leste Europeu. “A ONU perde credibilidade e autoridade para negociar. Quem pode sentar à mesa e mediar um acordo? Não há instituições que desempenhem esse papel”, lamentou Lula.

Com 15 países-membros, o Conselho de Segurança é dominado por cinco nações com assentos permanentes: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Para que qualquer proposta de paz avance, é imprescindível o apoio de nove nações, além da ausência de veto por parte dos membros permanentes.

Em relação à escalada de conflitos na Faixa de Gaza, Lula criticou a aparente inércia da ONU. Ele se referiu à intensificação dos ataques de Israel após a invasão do Hamas, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas. “O que está acontecendo em Gaza é incompreensível. Dizer que é uma guerra contra o Hamas, enquanto inocentes, mulheres e crianças estão sendo mortos, é inaceitável. Onde está a instituição multilateral que deveria pôr um fim a isso? A ONU não pode coordenar, pois está envolvida”, acrescentou ele.

Como um dos principais críticos das operações militares israelenses, Lula continua a enfatizar a necessidade de um diálogo que priorize a vida e a dignidade das pessoas afetadas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, defende que as ações têm como objetivo aniquilar o Hamas. Contudo, a busca por soluções pacíficas permanece uma realidade distante.

E você, qual é a sua perspectiva sobre a atuação da ONU em crises internacionais? Compartilhe suas ideias nos comentários e participe dessa reflexão coletiva.

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