Um dos maiores ataques hackers da história do Brasil deixou marcas profundas em duas fintechs, que juntos somam queixas por fraudes que ultrapassam R$ 360 milhões. As reclamações estão concentradas em contas abertas em nome de pessoas sem seu conhecimento, revelando um cenário preocupante para a segurança financeira dos usuários.
A Soffy Soluções de Pagamentos, uma das envolvidas, teve R$ 270 milhões bloqueados durante as investigações para apurar seu papel em desvios originários do banco BMP. Enquanto isso, uma empresa tecnológica processa a Soffy por ter permitido que um criminoso, usando a identidade de um cliente, realizasse 88 transações de R$ 15 mil cada. Além disso, uma idosa denunciou a perda de R$ 20 mil após ser enganada por um falso advogado cujos empréstimos foram realizados através da fintech.
Recentemente adquirida por Stevan Paz Bastos, um ex-cozinheiro gaúcho que nunca teve experiência no setor financeiro, a Soffy passou por uma mudança significativa em sua administração. Bastos comprou a empresa em maio, apenas dois meses antes dos ataques, levantando questões sobre sua gestão e a vulnerabilidade da plataforma.
Em uma trama ainda mais complexa, a Transfeera, outra empresa sob suspeita, enfrenta acusações de permitir que golpistas criassem páginas fraudulentas que imitam um portal de venda de cosméticos. Aparentemente, os criminosos utilizam contas da fintech para angariar fundos de vítimas enganadas. Além disso, um esquema de “trabalho dos sonhos” têm sido amplamente relatados, onde as vítimas são persuadidas a investir dinheiro em troca de promessas de altos retornos que nunca se concretizam.
A situação se agravou quando João Nazareno Roque, um funcionário da C&M Software, foi preso por facilitar o acesso de hackers ao sistema, recebendo R$ 15 mil em troca. O golpe, baseado em uma técnica chamada “Supply Chain”, foi elaborado durante meses, evidenciando a complexa rede de fraudes que se proliferam no ambiente digital.
As investigações continuam, e a Polícia Civil estima que as perdas financeiras possam ser ainda maiores do que o que foi inicialmente reportado. O que isso significa para o futuro das fintechs no Brasil? Como você se sente em relação à segurança do seu dinheiro em plataformas digitais? Deixe seu comentário e compartilhe suas opiniões sobre este assunto. Vamos discutir como podemos nos proteger desses ataques cada vez mais sofisticados.