Na manhã de segunda-feira (7), tragicamente, dois indígenas perderam a vida em um acidente aéreo que ocorreu em território Yanomami, Roraima. A informação foi confirmada por Renildo Lima, empresário da Voare, a empresa de táxi aéreo contratada pelo Ministério da Saúde para esse tipo de serviço.
Um dos indígenas era um idoso, enfermo, que seria transportado da comunidade Arathau para Boa Vista, acompanhado de um parente. O helicóptero levava ao todo cinco pessoas, das quais três conseguiram sobreviver ao acidente. Infelizmente, no solo, uma criança de 9 anos também ficou ferida.
A Voare confirmou que houve duas vítimas fatais entre os ocupantes – ambas indígenas. As três outras pessoas a bordo, um servidor da SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena) e dois tripulantes da empresa, sofreram apenas escoriações leves. O helicóptero pegou fogo logo após a decolagem, e um indígena próximo ao local caminhou por três horas para conseguir ajuda.
Sabemos que a equipe de saúde estava programada para realizar duas viagens: a primeira, para atender os idosos, e a segunda, para buscar crianças e jovens também doentes. Contudo, a tragédia ocorreu poucos momentos após a partida. Os sobreviventes foram aqueles que conseguiram pular da aeronave enquanto ela ainda voava a uma baixa altitude.
A Força Aérea Brasileira chegou ao local do acidente às 8h58 da terça-feira (8), onde encontraram as duas vítimas fatais, os três sobreviventes e a criança ferida. Inicialmente, todos foram levados ao posto de Surucucu para atendimento médico antes de serem transferidos para Boa Vista.
O acidente está sob investigação do Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VII), que avaliará os danos à aeronave e coletará as informações necessárias para elucidar as causas do evento. Em nota, o Ministério da Saúde expressou que “acompanha os desdobramentos do resgate e está prestando apoio aos familiares”.
Esta trágica ocorrência traz à tona a importância de assegurar medidas de segurança em operações aéreas, especialmente em regiões remotas. O que você pensa sobre isso? Compartilhe sua opinião nos comentários.
