4 setembro, 2025
quinta-feira, 4 setembro, 2025

Bode herda legado sangrento de Magrelo e assume guerra contra o PCC

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No coração de Rio Claro, interior de São Paulo, uma nova era de violência e rivalidade se desenrola. Leonardo Felipe Calixto, conhecido como Bode, desponta como o líder criminosa que busca o controle absoluto do tráfico de drogas após a prisão de seu mentor, Anderson Ricardo de Menezes, o Magrelo, em maio de 2023. Desde então, Bode se tornou o alvo da violenta retaliação do PCC, o Primeiro Comando da Capital, a maior facção criminosa do Brasil.

O aumento da brutalidade é palpável. Recentemente, Igor Henrique de Souza, de apenas 18 anos, foi brutalmente assassinado – atingido por 45 tiros. As desavenças entre essas facções têm deixado um rastro de sangue na região, refletindo a feroz luta pelo controle do tráfico. Fontes policiais corroboram que, desde o início do ano, a contagem das vítimas do PCC já chega a sete, enquanto Bode perde três de seus homens.

Um policial que preferiu permanecer anônimo revelou que Bode tem estabelecido laços com o Comando Vermelho, rival do PCC. “O Bode está ‘correndo junto’ com o CV, assumindo uma liderança local. Ele aumentou a violência contra os integrantes do PCC e agora colherá as consequências”, afirmou o agente. Essa revelação destaca a mudança no cenário das facções, com o PCC abandonando territórios que não mais oferecem lucro, enquanto o comércio internacional de cocaína continua a prosperar.

O legado de Magrelo, que antes conduzia uma gangue em ascensão, não desapareceu. Com a prisão de seu líder, Bode se viu como o protagonista de uma narrativa sangrenta, expandindo a influência da quadrilha que agora opera em pelo menos sete cidades do interior paulista, incluindo Jundiaí e Sumaré. A falta de interesse do PCC pela região abriu portas para novas alianças, consolidando a presença do CV na área e oferecendo abrigo a Bode nas favelas cariocas.

Entre janeiro e junho deste ano, a guerra territorial resultou em um saldo triste: nove mortos. As execuções são realizadas com armamento pesado, beirando a guerra urbana, com mais de 120 tiros registrados em algumas ocorrências. Além disso, a cidade enfrenta uma preocupante onda de violência, com um total de 32 assassinatos apenas no ano passado, o que representa uma taxa alarmante de 16 homicídios a cada 100 mil habitantes, muito além da média geral do estado de São Paulo.

A disputa pelo controle do tráfico em Rio Claro revela uma batalha que vai além do crime – é uma luta pela sobrevivência e pela dominação em um cenário onde a vida humana parece ter pouco valor. E, enquanto Bode se esforça para consolidar seu reinado, a pergunta que fica é: até onde essa guerra sanguinária o levará?

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