Vivemos tempos em que a ideia de um Congresso sob ameaça é frequentemente evocada, mas é fundamental esclarecê-lo: ninguém, exceto alguns grupos radicais, realmente defende o fechamento do Congresso. Os chamados apoiadores de Bolsonaro, que foram apelidados de “malucos” em seu depoimento no Supremo Tribunal Federal, não pediram explicitamente essa medida. Em suas manifestações, eles clamam por um golpe militar, não por fechar as casas legislativas.
É crucial pontuar que, se um golpe tivesse ocorrido, o objetivo de Bolsonaro não seria simplesmente fechar o Congresso, mas eliminar figuras como Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, aprofundando a crise da democracia.
Com um Congresso majoritariamente de direita, as chances de uma parceria com um regime autoritário são alarmantes. O histórico de 1964 nos mostra um Legislativo que se rendeu ao golpe. O que poderia nos garantir uma postura diferente desta vez?
A sociedade começa a perceber a insensibilidade do Congresso, especialmente em questões sociais. As propostas nessa área revelam de que lado os parlamentares realmente estão: defendendo os interesses de quem poucos pagam mas têm muito poder, às custas de uma população que contribui significativamente, mas tem pouco a dizer.
As críticas ao Congresso ecoam forte neste contexto, e a mídia reflete os medos de uma elite que não quer abrir mão de suas concessões. E esse espaço deve ser mantido, pois a liberdade de imprensa é um pilar fundamental.
Entretanto, na era das redes sociais, há espaço para todas as vozes, e não apenas para as que se consideram dominantes. As ruas estão vivas e cada vez mais dispostas a se manifestar.
O que você pensa sobre o papel do Congresso em nossa democracia? Compartilhe suas opiniões e vamos debater!
