Na manhã desta quinta-feira, a Polícia Federal (PF) lançou a Operação Só Oficial, desmantelando um esquema criminoso que vitimou diversos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. A ação ocorreu em Praia Grande, no litoral paulista, resultando no cumprimento de mandados de busca e apreensão e no bloqueio de R$ 3 milhões movimentados pelo grupo.
Durante o período de inscrições do Enem, entre 27 de maio e 14 de junho de 2024, os envolvidos criaram sites falsos que imitavam a plataforma oficial do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Enganados pela publicidade enganosa nas redes sociais, os usuários realizavam pagamentos via Pix, acreditando que se inscreviam corretamente para a prova. Infelizmente, os valores eram desviados para contas de uma empresa privada, sem vínculos legais com o governo.
Com o auxílio de uma fintech, o grupo acumulou uma série de reclamações por práticas fraudulentas anteriores. Um dos suspeitos, que já enfrenta um histórico criminal extenso, expôs a fragilidade do sistema de segurança que deveria proteger os candidatos. Por consequência, muitos estudantes, ao perceberem a fraude, descobriram que não estavam inscritos na plataforma oficial do Inep e foram desqualificados às vésperas da prova, sem notificações sobre os locais de realização.
Embora o Inep tenha emitido um alerta em maio, avisando sobre esses golpes, a ação não foi suficiente para impedir a incidência de fraudes. Muitos estudantes, ao efetuarem pagamentos, acreditavam que estavam operando com uma empresa autorizada. O Inep, por sua vez, reforçou que a taxa de inscrição deve ser paga apenas por meio de boleto do Banco do Brasil, ou, em alguns casos, via Pix, sempre com a identificação do remetente como “Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira”.
Em uma reviravolta, a PF identificou que a prática de criação de sites fraudulentos continuou no início de 2025, anunciando um novo ciclo de inscrições para o Enem. Diante disso, novas investigações foram iniciadas, e pedidos foram feitos ao Google para remover esses conteúdos enganosos.
Os envolvidos na fraude poderão encararem graves consequências legais, enfrentando acusações de furto mediante fraude e participação em organização criminosa. Essa é mais uma oportunidade de refletir sobre a segurança nas inscrições, e a importância de sempre verificar a autenticidade das plataformas antes de realizar qualquer pagamento.
Você já tomou medidas para se proteger de fraudes online? Compartilhe sua experiência nos comentários e ajude a alertar outros candidatos!